A TAP SA reduziu, no primeiro semestre deste ano, os prejuízos para 493,1 milhões de euros, uma recuperação de 15,3%, ou 88 milhões de euros, face aos resultados negativos de 582 milhões de euros do período homólogo.
Em comunicado, publicado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a TAP indicou que, para este resultado, “as rubricas mais relevantes foram os juros (-149,2 milhões de euros) e as diferenças de câmbio (-62,8 milhões de euros), que estão na sua maior parte relacionadas com a depreciação do euro face ao dólar, no entanto, sem um impacto imediato em caixa dado que respeita a rendas futuras”.
Além disso, a companhia aérea destaca que “o maior contributo” foi “o valor positivo do ‘over hedge’ de jet fuel de 8,7 milhões de euros”.
Apesar de a atividade continuar muito afetada pelo efeitos da pandemia da covid-19, a transportadora portuguesa destaca, no mesmo comunicado, a recuperação no segundo trimestre do ano, com uma subida de 136% no número de passageiros e receitas de 233,2 milhões de euros, o que corresponde a mais 55,5% do que em igual período de 2020, cita o jornal online Observador.
Os resultados também foram menos negativos – 128 milhões de euros –, uma melhoria de 65% face a igual período do ano passado. Segundo o jornal digital, este valor representa uma evolução positiva de 237 milhões face ao primeiro trimestre e de 58,9 milhões de euros em relação ao segundo trimestre do ano passado.
No mesmo comunicado à CMVM, a TAP adiantou que já saíram 1302 trabalhadores desde 31 de dezembro de 2020.
A empresa referiu que, nesse período, “os custos operacionais totais ascenderam a 760,5 milhões de euros”, um “decréscimo de 313,1 milhões de euros (-29,2%)” quando comparado com o primeiro semestre de 2020, “explicado maioritariamente pela redução material nas seguintes rubricas: custos com combustível (-40,4%), custos operacionais de tráfego (-43,7%), custos com pessoal (-8,6%) e depreciações e amortizações (-20,8%)”.
“Esta redução é o resultado das medidas de restruturação executadas pela empresa, nomeadamente da diminuição do quadro de colaboradores – desde 31 de dezembro de 2020 um total de 1.302 colaboradores saiu da empresa, o que representa uma redução de 16% na força de trabalho –, e da negociação dos acordos com os sindicatos através dos quais se definiram revisões salariais”, lê-se na mesma nota.
ZAP // Lusa