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Pode haver menos presentes debaixo da árvore de Natal. E a culpa é da crise no transporte marítimo

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O transporte de mercadorias está a desacelerar na Ásia e as perspetivas de melhorias só apontam para outubro. O resultado é que, neste Natal, possa haver menos presentes debaixo das árvores europeias e norte-americanas.

Provavelmente nunca ouviu falar de Ningbo-Zhoushan, mas se comprou alguma coisa fabricada na China, é provável que tenha sido lá entregue. Todos os anos, cerca de 29 milhões de contentores passam pelo segundo porto mais movimentado do país, mas o terminal foi encerrado depois de um funcionário ter testado positivo à covid-19.

Entretanto, Ningbo-Zhoushan já reabriu, mas as consequências podem fazer-se sentir até ao Natal. Um artigo publicado no The Conversation alerta, no entanto, que o caso deste porto é apenas a ponta do icebergue dos problemas que enfrenta atualmente o transporte marítimo global.

A China tem oito dos dez portos mais movimentados do mundo, que estão a funcionar com capacidade reduzida devido às restrições sanitárias. A costa oeste dos Estados Unidos também está a passar por um grande congestionamento.

Todos estes problemas fizeram com que as taxas de envio de contentores disparassem nas últimas semanas. O custo de transporte de um contentor com cerca de 12 metros da China para a Europa é de, aproximadamente, 12.000 euros, dez vezes mais do que o normal.

A crise do transporte marítimo pode alimentar o cenário de aumento da inflação, com os importadores a repassar os custos aos clientes. Mas se o valor altíssimo das taxas persistir, poderá desencadear discussões sobre o papel da China como centro de manufatura do mundo.

Com as relações entre a China e o Ocidente cada vez mais deterioradas e a globalização a dar lugar à regionalização, o nearshoringa fabricação de bens de consumo mais perto das áreas de escoamento – pode ganhar um forte impulso.

Mas, antes mesmo de essa possibilidade se vir a confirmar, os atrasos nas rotas põem em causa a oferta de bens de consumo para o Natal. Por outras palavras, quanto mais tempo demorar a crise do transporte marítimo, mais ameaçado estará o Natal.

ZAP //

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12 Comments

  1. Boa tarde,
    Finalmente leio algo sobre o que se passa no transporte marítimo de mercadorias! Contudo, esta noticia peca por tardia e por extremamente imprecisa e muito aquém do que é a realidade. Mais do que querer julgar quem a escreveu, que certamente se baseou nas informações que dispõe, disponibilizo-me para dar dados mais concretos e precisos sobre o que se passa no transporte marítimo à cerca de 1 ano e meio e para clarificar algumas das informações incorrectas da noticia acima.
    É QUE A VERDADE E A REALIDADE SÃO MUITO PIORES DO QUE O QUE ESTÁ ESCRITO!

    • Força, Luís, estamos curiosos.
      Se realmente possuir dados mais concretos e precisos sobre o que se passa no transporte marítimo, pode escrever aqui. Pelo menos eu estou expectante.

  2. Força Luís! Existe muita história escondida no meio disto tudo! Assim sendo, estamos curiosos para as suas revelações e… eu pelo menos estou!

  3. O pai Natal tem que começar a fornecer-se em fábricas na Europa, mas para isso terá que convocar os governantes europeus para que se virem de novo para os seus e não para os asiáticos!

      • Criticas o Luís, mas também deste um erro. Esse “c” está aí a mais. Não conheces o Novo Acordo Ortográfico? 😉

        • Acordo ortográfico, ou será submissão ortográfica? De facto e não de fato a língua portuguesa leva cada pontapé que nos deixa sem fato nem gravata!

        • Ok, Margarida. Peço desculpa. 🙂

          Beijinho.

          (Ao senhor “de mal a pior”, aconselho a consulta da Gramática de Celso Cunha e Lindley Cintra… pode ser que o ajude. Veja, também, o NOVO Acordo Ortográfico, que não é uma “submissão ortográfica”, algo que, erradamente, destacou no seu comentário.)

          • Eheheheee… a Margarida a responder a si própria com o meu nick habitual…
            Há fãs mesmo doentes!…

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