Um artefacto encontrado em Inglaterra revela que na Grã-Bretanha romana as pessoas eram atiradas aos leões como máxima punição.
Parte de uma fechadura de bronze do período romano foi descoberta em Leicester, em Inglaterra. O artefacto retrata um homem “bárbaro” a lutar contra um leão. Os investigadores sugerem que isto prova que no Império Romano pessoas problemáticas eram atiradas aos leões.
A outra parte da fechadura retratava quatro jovens nus a assistir, o que indica que a cena poderia ser uma execução pública. O facto de o homem ter cabelo comprido, uma barba espessa e estar sem camisola sugere que era um bárbaro.
“Quando encontrado pela primeira vez, parecia um objeto de bronze indistinguível, mas depois de limparmos cuidadosamente o solo, surpreendentemente, revelamos vários rostos pequenos a olharem para nós”, disse Gavin Speed, arqueólogo e coautor do artigo.
“Nunca nada parecido com isto foi descoberto em qualquer lugar do Império Romano”, acrescentou o investigador, citado pelo The Jerusalem Post.
Existem muitos casos documentados no Coliseu de criminosos e prisioneiros de guerra atirados a feras como forma de execução, mas esta é a primeira evidência de que tal prática espalhou-se até à Grã-Bretanha.
Obviamente não havia leões na Grã-Bretanha, o que obrigava o Império Romano a importá-los do Norte de África e da Mesopotâmia.
“Isto era um pouco pior do que ser condenado às minas, que é a outra maneira pela qual os prisioneiros muitas vezes encontravam o seu fim”, disse Nicholas Cooper, arqueólogo e coautor do artigo.
A fechadura encontrada vai ser exposta no Jewry Wall Museum, em Leicester, em 2023, após a conclusão do projeto de renovação, escreve o Ancient-Origins.
Os resultados do estudo foram publicados recentemente na revista científica Britannia.