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Edifício icónico de Nova Iorque forçado a fechar depois de novos episódios de suicídios

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Raphe Evanoff / Flickr

O Vessel foi inaugurado em março de 2019 e despertou de imediato a preocupação de dirigentes locais e de grupos de prevenção de suicídios.

Logo após a sua inauguração, o Vessel, edifício de Nova Iorque cuja estrutura se assemelha a uma colmeia de abelhas, tornou-se famoso pelos piores motivos. A escadaria que contorna a estrutura foi imediatamente vista como propícia a tentativas de suicídio devido à sua altitude — quase 46 metros.

As piores previsões acabaram por se confirmar, tendo a estrutura sido encerrada em janeiro para a introdução de mecanismos que dificultem os atos. Mesmo assim, as medidas parecem não ser as suficientes, já que há duas semanas um jovem de 14 anos acabou com a própria vida depois de se atirar de um dos andares mais altos. É o segundo caso desde a reabertura, em maio, e o quarto no último ano e meio.

Antes da reabertura, inúmeros grupos da cidade apelaram à empresa responsável pela construção do edifício, Related Companies, que instalasse barreiras de vidro mais elevadas, o que não aconteceu, motivando reações do estúdio responsável pela projeção do edifício. Num comunicado, Kimberly Winston, porta-voz do Heatherwick Studio, mostrou a sua frustração face à resistência da Related Companies em erguer as barreiras de segurança que já haviam sido projetadas há algum tempo.

Aquando do encerramento do edifício, em janeiro, a Related Companies reuniu-se durante meses com especialistas em prevenção de suicídios, em segurança e oficiais eleitos, com quem discutiram formas de terminar com os trágicos episódios naquele local.

Entre as medidas aplicadas estão a proibição de entrada na estrutura a indivíduos não acompanhados, a exigência do pagamento de um bilhete no valor de dez dólares — antes a entrada era feita de forma gratuita — e a colocação de mensagens a desincentivar o suicídio por todo o espaço, avança o The New York Times.

Apesar da resistência em aplicar as barreiras, tal como muitos grupos de moradores e de prevenção de suicídio haviam exaltado, Stephen M. Ross, promotor imobiliário e bilionário que fundou a Related Companies, pareceu surpreendido com os recentes acontecimentos. “Achei que tínhamos feito tudo o que era possível“, disse numa entrevista ao The Daily Beast. O responsável revelou que o edifício permanecerá encerrado por tempo indefinido até que os seus promotores cheguem a um consenso em relação ao futuro.

De acordo com um estudo desenvolvido por investigadores da Universidade de Harvard em 2007, a colocação de barreiras é um método eficaz na redução de suicídios. O caso da ponte George Washington, também em Nova Iorque, é flagrante, já que depois da instalação destes obstáculos em 2017 o número de tentativas de suicídio e dos próprios suicídios diminuíram consideravelmente.

 

ARM, ZAP //

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1 Comment

  1. Não seria mais fácil permitir a eutanásia sem limitações… sinceramente, se alguém não quer viver acaba por não contribuir em nada para o bem estar da sociedade e vai fazer de tudo para por fim à sua vida, infelizmente com danos para outros que testemunham ou são involuntariamente participantes, por exemplo quando alguém se atira para a frente de um comboio.

    Num planeta com gente a mais, seria a forma mais digna e segura de um suicida colocar fim à vida e sem colocar ninguém em risco … ao mesmo tempo o planeta agradece, a família tem um corpo para fazer o luto, etc …

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