A Caixa Geral de Depósitos (CGD) registou 294 milhões de euros de lucro no primeiro semestre, mais 18% do que no período homólogo, foi anunciado esta sexta-feira.
“A Caixa Geral de Depósitos registou 294 milhões de euros de resultado líquido consolidado […], um crescimento de 18% face ao período homólogo”, anunciou, em Lisboa, o presidente da Comissão Executiva da instituição financeira, Paulo Macedo.
Neste período, conforme avançou, o resultado recorrente ascendeu a 250 milhões de euros e as imparidades foram reforçadas em 90 milhões de euros “em base preventiva”.
Entre janeiro e junho, o crédito a empresas e negócios avançou 5,4%.
A Caixa contabilizou 5473 milhões de euros em moratórias a famílias e empresas a 30 de junho, menos 519 milhões de euros do que em janeiro, foi também anunciado.
“A 30 de junho tínhamos 5473 milhões de euros em moratórias, uma redução superior a 500 milhões de euros face a janeiro”, anunciou o administrador José Brito.
Em causa, estão 57.263 operações, uma redução de 9807 face a janeiro.
Por sua vez, as linhas de crédito covid-19 ascenderam a 2098 milhões de euros, quando a 31 de janeiro estavam em 1266 milhões de euros.
As linhas de garantia pública representaram 1258 milhões de euros e as de garantia FEI (Fundo Europeu de Investimento) 800 milhões de euros.
O banco reduziu ainda o número de trabalhadores em 135 no primeiro semestre, 72 dos quais por reforma ou pré-reforma e 27 por rescisão por mútuo acordo.
“Neste primeiro semestre houve uma redução de 135 trabalhadores, 72 por reforma ou pré-reforma e 27 por rescisão por mútuo acordo”, anunciou também Paulo Macedo.
Segundo o responsável, no início do ano, a CGD contabilizou 325 pedidos de trabalhadores que queriam sair do banco.
Em resposta aos jornalistas, Paulo Macedo garantiu que a CGD não tem perspetivado um número definido de saídas de trabalhadores ou um objetivo concreto, mas garantiu que se vão continuar a verificar.
“É algo que tendencialmente acontece. Uma parte das pessoas quer aproveitar as condições de saída. A Caixa terá que fazer antecipação [de saídas] como os outros bancos, que o fazem para se tornarem mais competitivos”, sublinhou.
ZAP // Lusa