Um equipa de investigadores está a trabalhar para eliminar movimentos rígidos nos braços robóticos, de modo a torná-los mais ágeis. O objetivo é que no futuro estes possam empilhar pratos ou até realizar cirurgias delicadas.
Os avanços podem permitir que, num futuro próximo, os médicos consigam realizar cirurgias remotamente ou podem ajudar a eliminar dispositivos explosivos de alto perigo.
O novo projeto envolve a construção de braços robóticos com controlo remoto, que não possuem motores pesados tradicionalmente instalados nas articulações do punho. Em vez disso, estes dispositivos “mais fortes” são colocados na base da máquina.
“Sem motores no braço, estes robôs são muito mais leves do que um braço tradicional”, refere Peter Whitney, professor de engenharia mecânica e industrial da Universidade de Northeastern. “Ao ter acesso a um braço mais leve, é muito mais fácil movê-lo”, afirma.
O avanço tem o potencial de superar um obstáculo fundamental que os investigadores enfrentam ao controlar robôs remotamente: entender o ambiente em que a máquina se encontra.
Atualmente, “é difícil perceber exatamente onde o robô está, se está a tocar em algo ou não, ou com que força está a tocar num objeto”, explica Whitney, cuja pesquisa é focada no design de robôs.
“Tudo isto são fatores que podem influenciar como podemos obter um bom desempenho, mas também manter a segurança”, acrescenta.
Devido a estas dificuldades, os investigadores pretendem que a máquina disponibilize informações em tempo real que indicam quanta força está a ser aplicada, de modo a que o robô seja monitorizado da melhor forma.
“Quando tentamos agarrar ou manipular um objeto, podemos fazer uso dessas forças de contacto”, diz Whitney.
O investigador está também a colaborar com Taskin Padir, professor de engenharia elétrica e de computação, de modo a estudar o potencial de robôs controlados remotamente para serem usados para interagir fisicamente com amigos e familiares, servindo como um substituto mecânico, avança o TechXplore.