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Leite sem lactose em laboratório (e com a ajuda de membranas de óxido de grafeno)

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As membranas de óxido de grafeno (uma forma oxidada do material) têm sido muito estudadas para a dessalinização da água e separação de corantes, mas as suas propriedades podem não ficar por aqui.

Uma equipa de cientistas da Universidade de Shinshu, no Japão, investigou a aplicação de membranas de óxido de grafeno no leite.

Segundo o EurekAlert, a estrutura química e laminar única da membrana permitiu uma maior permeação de lactose e água, ao mesmo tempo que repeliu gordura, proteínas e alguns minerais.

Isto significa que a textura, o sabor e o valor nutricional do leite foram melhor preservados do que com as membranas poliméricas comerciais.

A concentração de lactose e o fluxo de permeabilidade era muito superior às membranas comerciais de nanofiltração, devido à camada porosa foulant e à estrutura laminar da membrana de óxido de grafeno.

A incrustação irreversível foi melhorada utilizando uma membrana de suporte, com 1 μm de tamanho de poro, para a membrana de óxido de grafeno. Esta combinação causou a formação de uma camada de incrustação porosa que permitiu uma maior recuperação do fluxo de água após a filtração do leite.

Esta investigação demonstra que a aplicação de membranas de óxido de grafeno na indústria alimentar, particularmente na indústria do leite, pode ser viável.

O método mantém um elevado potencial de eliminação de açúcares de bebidas, preservando simultaneamente outros ingredientes e aumentando o seu valor nutricional.

A elevada propriedade antivegetativa contra uma solução rica em matéria orgânica, como o leite, torna-o também um candidato ideal para outras aplicações, como o tratamento de águas residuais e aplicações médicas.

O objetivo da equipa da universidade japonesa é continuar a explorar as aplicações das membranas de óxido de grafeno. Para já, o artigo científico com as descobertas foi publicado na Carbon.

ZAP //

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