O Presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, acusou os Estados Unidos de tentarem desestabilizar o país ao forçar uma mudança de regime.
No domingo, o Presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, disse: “A ordem de combate está dada, os revolucionários às ruas. Terão que passar por cima dos nossos cadáveres, estamos dispostos a tudo.”
Depois dos maiores protestos anti-governamentais em décadas, o Presidente mudou de tom, negando ter encorajado os cubanos a manifestarem-se e acusando os Estados Unidos de tentarem desestabilizar o país ao forçar uma mudança de regime.
“Apelei apenas aos cubanos para que defendessem a sua revolução, e o povo, que foi debater e argumentar, teve que defender-se da violência dos manifestantes”, disse, citado pelo Público.
Na conferência de imprensa desta segunda-feira, Díaz-Canel disse que os protestos de domingo tiveram como objetivo “fraturar a unidade do povo” e “desacreditar o Governo e a revolução”, apontando o dedo aos EUA por continuarem numa estratégia de “asfixia económica para provocar agitação social” e conseguir uma “mudança de regime” em Cuba.
“A quem incomoda o sistema político de Cuba? Aos Estados Unidos, que não veem as virtudes de Cuba, de um sistema que funciona para todos e tem resultados na saúde, na educação e na segurança das pessoas”, explanou.
Os protestos de domingo foram os maiores de que há registo na ilha desde o chamado “Maleconazo”, quando, em agosto de 1994, em pleno “período especial”, centenas de pessoas saíram às ruas de Havana e não se retiraram até à chegada do então líder cubano Fidel Castro.
Esta segunda-feira, os chefes da diplomacia da União Europeia (UE) partilharam a preocupação com a repressão das manifestações.
O ministro português dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, indicou que o Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, fez uma exposição da situação em Cuba, tendo os 27 partilhado “a sua preocupação” com o facto de as manifestações estarem a ser reprimidas pelas autoridades cubanas.
“O direito de manifestação, a realização de manifestações pacíficas é um critério fundamental para a UE na avaliação da qualidade dos regimes políticos, quaisquer que eles sejam. E, de facto, é um critério muito simples para distinguir os regimes políticos e as sociedades que são livres das que não são”, afirmou Santos Silva.
“Estamos a assistir ao que nos parece ser uma evolução muito preocupante da relação do regime cubano com o direito de manifestação. Vamos ver como é que as coisas evoluem, e em que é que nós podemos influenciar para que evoluam num sentido positivo”, acrescentou.
Joe Biden, Presidente dos Estados Unidos, afirmou que o país apoia o povo de Cuba no seu apelo pela liberdade. “Estamos ao lado do povo cubano e apoiamos o seu clamor pela liberdade e pelo alívio das trágicas garras da pandemia e das décadas de repressão e sofrimento económico a que tem sido submetido pelo regime autoritário de Cuba”, disse.
“Os irmãos Castro já estão a sair de Cuba”
Depois dos violentos confrontos em Santiago, Matanzas e Cárdenas, os manifestantes estão a pensar mudar-se para Miramar nos próximos dias. É nesta área, em Havana, que vivem os altos funcionários do Governo, entre eles a família Castro.
Segundo o El Español, os cinco filhos que Fidel teve com Dalia Soto, a sua segunda esposa, vivem na zona nobre de Havana, numa área chamada Punto Cero. No entanto, de acordo com o mesmo diário espanhol, os Castros estão já a preparar a sua saída da ilha com destino a Espanha.
Idalmis Menendez, que foi casada durante seis anos com Alex Castro, filho de Fidel, revelou ao matutino que o seu ex-marido já terá saído de Cuba.
“Penso que Alex já partiu” porque, “entre outras coisas, não publicou nada nas suas redes sociais durante cerca de um mês”, disse. “Sei que o faz quando está a viajar. Quando vai para a República Dominicana em negócios. Ou quando vem a Espanha.”
Menendez pensa que o destino será Espanha devido às ligações que têm no país: além de vários negócios que lá mantêm, a maior parte dos filhos de Fidel tem passaporte espanhol.
“Eles têm ligações aqui em Espanha, especialmente empresariais. Fecham aqui negócios com pessoas com muito dinheiro. Com empresários de Barcelona, de Matadepera, de Girona. Mas não é só na Catalunha, sabemos que também têm negócios com pessoas da Galiza. São negócios privados, que em momento algum fazem pelo bem do povo cubano”, sustentou.
Idalmis Menéndez, que de membro da família passou a ativista anti-regime, revelou também que o Governo de Díaz-Canel está a responder aos protestos com repressão.
“Trouxeram à tona os GRR (‘Grupos de Resposta Rápida’)”, afirmou, explicando que o modus operandi passa pela infiltração de agentes à paisana entre os manifestantes. “Chegam-nos relatos de verdadeiras barbaridades que alegadamente estão a cometer.”
Os cúmunistas a dar à sola antes que o povo que tanto os amava lhes faça uma festa.
E mais interessante ainda é terem grandes negócios em Espanha, como teriam eles conseguido assim tanto capital vivendo num sistema comunista onde a “igualdade” é ordem. Grande fantochada estas ditaduras comunistas afirmando-se anticapitalistas. Pelo que nos toca temos hoje a RTP paga por todos nós fazendo um historial e promoção de 100 anos do PCP. Está comprovado que para estes “democratas” caseiros apenas algumas ditaduras são más, outras são libertadoras de tudo o que é “mau”. Haja bom senso e vergonha!
E que tal perguntar ao camarada Jerónimo a opinião ?
Está agora em conferência com a amiga Catarina e vão comunicar ao Medina para uma manifestação de apoio a estes cubanos indignados e esfomeados.
E a actriz Catarina, o que diz?
A esquerda portuguesa está surda e muda como quando a URSS invadia as repúblicas que se manifestavam por mais liberdade. Os Comunistas não aprendem, e são de tal forma limitados que o seu cérebro bloqueia quando estas coisas acontecem…
Geral: Quem diz a verdade, não merece castigo.
Cuba: Quem diz a verdade, fica sem Internet.
Só os que acreditam nas histórias da Alice no país das maravilhas é que são partidários destes regimes, que na prática são controlados por mafiosos que iludem o povo, e depois viram ditaduras de onde é dificil sair e recuperar a liberdade de escolher entre diversas tendencias sem o risco de ser preso ou perseguido.
Apesar de mais de 60 anos de bloqueio, Cuba consegue ter indicadores na Educação e Saúde superiores a Portugal. É isso que dói aos anticomunistas primários. Este artigo é propaganda dos contra estadunidenses.