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“Inacreditável”. Hospital processado por negligência na morte de idoso com problemas cardíacos

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O Hospital Distrital de Santarém (HDS) vai ser processado por negligência médica, depois de um homem de 81 anos morrer por causa da sua pilha do pacemaker não ser substituída atempadamente.

Segundo noticia o Jornal de Notícias, o sobrinho do homem de 81 anos vai processar o hospital por negligência médica, por alegadamente não ter substituído a pilha do pacemaker do tio a tempo de evitar a sua morte.

O HDS alega que o doente não compareceu à consulta de substituição do aparelho que regula o ritmo cardíaco.

Um dia após o funeral, a 30 de junho, o sobrinho recebeu uma chamada do Hospital a pedir para levar o idoso com urgência ao serviço de cardiologia, “porque tinha a pilha do pacemaker totalmente descarregada”.

“Fiquei incrédulo”, disse Nélson Nascimento, a um jornal local uma vez que, poucos dias antes, tinha pedido especificamente para que o estado do aparelho fosse verificado.

“O meu tio sentiu-se mal no dia 18 de junho, e o INEM decidiu levá-lo ao Hospital por precaução. Eu alertei os médicos que o assistiram para os problemas de coração e telefonei para o Hospital a pedir que vissem a pilha”, explica o sobrinho.

Contactado pela Rede Regional, o HDS confirma que, nesse dia, o idoso deu entrada no Serviço de Urgência, “onde foram feitos todos os testes e análises necessárias”.

O idoso “ficou orientado para efetuar teste covid agendado para dia 23, e de comparecer na Cardiologia, no dia 25, para a substituição de pacemaker”, que “já reunia critérios para substituição”, explica o Hospital, acrescentando que Dionísio Nascimento faltou em ambas as datas.

Na noite em que se sentiu mal, de acordo com o Hospital, o “utente decidiu interromper a assistência no Serviço de Urgência e, apesar de lhe terem sido explicados os riscos pelo corpo clínico, assinou alta contra o parecer médico”.

Nelson Nascimento diz achar “inacreditável” o facto “do Hospital deixar sair um paciente a saber que não tem pilha no pacemaker”.

O sobrinho sublinha ainda que o HDS tem o seu número de telefone como contacto de emergência, mas que ninguém lhe ligou a dizer que, afinal, o idoso tinha saído da unidade hospital com a bateria descarregada.

Já o HDS explica que, quando foi feita a última chamada para o sobrinho, “não havia ainda no sistema informação sobre o falecimento do utente”.

ZAP //

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1 Comment

  1. O Velhote decidiu recusar a Hospitalização contra opinião Medica !………é seu direito. Agora processar o Hospital, é exagerado. Para a próxima vez, há que acorrentar os Utentes que recusam de ser tratados, mesmo violando a Carta dos Direitos e Deveres do Doente paragrafo (paragrafo 8) !

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