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Mil anos depois, esqueletos de guerreiros vikings da mesma família voltam a estar lado a lado

Nationalmuseet / Facebook

Dois esqueletos vikings expostos no Museu Nacional da Dinamarca

Há cerca de mil anos, um jovem, na casa dos 20 anos, teve uma morte violenta na Inglaterra. A 800 quilómetros de distância, na Dinamarca, um homem mais velho, que sobreviveu a inúmeras batalhas na sua vida, morreu por volta dos 50 anos. Um estudo revelou agora que os dois homens eram parentes.

Um dos vikings morreu em Inglaterra, no século XI, com cerca de 20 anos e na sequência de ferimentos na cabeça. De acordo com o Ars Technica, foi enterrado numa vala comum em Oxford.

Já o segundo morreu na Dinamarca, com cerca de 50 anos, e com vestígios de golpes que sugerem a participação em batalhas.

Agora, cerca de mil anos depois, os esqueletos dos guerreiros estão lado a lado no Museu Nacional da Dinamarca.

Jeanette Varberg, arqueóloga do museu dinamarquês, explicou que é raro os cientistas encontrarem esqueletos da mesma família.

A recente investigação e a nova tecnologia de ADN tornaram possível descobrir se dois esqueletos são parentes. “É uma grande descoberta porque agora é possível rastrear movimentos no espaço e no tempo através da família”, detalhou.

Dado o que se sabe sobre a Era Viking, é fácil imaginar os traços gerais da história desta família: o homem de 50 anos pode ter sido um veterano em ataques ao longo da costa da Europa continental ou nas Ilhas Britânicas, uma vez que os ossos mostravam evidências de velhas feridas cicatrizadas, provavelmente sofridas em combate.

Já o jovem pode ter morrido durante um ataque na costa da Inglaterra.

Os arqueólogos dizem que é seguro afirmar que os dois homens eram parentes, mas continua a ser impossível determinar a ligação exata e se viveram na mesma altura. Segundo o portal, podem ter sido meios-irmãos, avô e neto ou tio e sobrinho.

“É muito difícil dizer se foram contemporâneos ou se são de gerações diferentes, porque não têm material na sepultura que possa dar uma datação precisa. Por isso, têm uma margem de 50 anos, mais ou menos”, disse Varberg.

Liliana Malainho, ZAP //

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