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Costa pede “reposição da verdade histórica” sobre salário mínimo

d.r. C.M. Lisboa

António Costa, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, candidato à liderança do PS

António Costa, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, candidato à liderança do PS

O candidato à liderança do PS António Costa defendeu este domingo, numa visita ao Ribatejo, a “reposição da verdade da história” sobre o aumento do Salário Mínimo Nacional, lamentando que o partido tenha querido “fingir que não fazia parte dessa história”.

“Nos últimos dias o Governo tem querido passar a ideia de que vai aumentar o Salário Mínimo Nacional. É preciso repor a verdade da história e a verdade da história não está reposta porque o PS quis fingir que não fazia parte dessa história. Ora o PS faz parte e tem bons motivos para se orgulhar da sua componente nesta história”, afirmou António Costa num almoço em Coruche com cerca de 250 militantes e simpatizantes.

O candidato à liderança do PS falava no final de uma iniciativa que aliou a sua campanha às eleições primárias de 28 de setembro à da candidata à presidência da federação distrital de Santarém do PS Maria do Céu Albuquerque, que defrontará, a 05 e 06 de setembro, o atual presidente federativo, António Gameiro, apoiante de António José Seguro.

Frisando que o anúncio feito agora pelo Governo, de aumento do Salário Mínimo Nacional dos atuais 485 para 500 euros, corresponde a um compromisso, assumido em 2006 pelo então executivo socialista de José Sócrates, que deveria estar em vigor desde 2011, António Costa considerou este aumento “fundamental” para travar a austeridade e diminuir as desigualdades.

“O que o Governo vai fazer não é nada de novo. É parte do que já devia estar feito e devia ter sido concluído nos termos do acordo que o PS assinou na concertação social. O PS, como se envergonha daquilo que fez, é incapaz de assumir também como bom aquilo que fez”, disse, frisando que o partido tem que “assumir toda a sua história”.

António Costa prosseguiu na crítica à atual liderança socialista, acusando-a de, no processo da reforma administrativa que levou à extinção de freguesias, se ter demitido “de fazer aquilo que lhe competia ter feito” e puxou “dos galões” do que foi feito por si na Câmara de Lisboa.

Quem quer fazer bem tem que tomar a iniciativa. Não pode ficar à espera que os outros façam mal para depois se limitar a criticar aquilo que os outros fizeram”, disse, sublinhando que o PS “não é um partido do protesto”.

/Lusa

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