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2024 será semelhante a “1984”, o romance de George Orwell

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Brad Smith, presidente da Microsoft Corporation, disse recentemente que a vida em 2024 poderá ser muito semelhante à opressiva distopia retratada no romance aparentemente profético de George Orwell, 1984.

A Inteligência Artificial (IA) está a revolucionar o mundo. Recentemente, um documentário da BBC Panorama analisou os diferentes aspetos que estão a ser alterados pela tecnologia, desde descobertas científicas até meios sinistros de controlo usados ​​por militares e Governos.

Os avanços tecnológicos estão a ser usados em força no policiamento da população, nomeadamente na China, o país que espera tornar-se o líder mundial em IA até 2030. Mas não é caso único: nos Estados Unidos, por exemplo, a tecnologia de reconhecimento facial foi transformada numa autêntica arma pelas autoridades policiais.

Apesar de a Inteligência Artificial ser benéfica, nomeadamente no campo científico, pode abrir precedentes perigosos.

O IFL Science detalha que, para alimentar um mundo movido a IA, são necessários dados. O recurso mais valioso do mundo já não é o petróleo, mas os dados das pessoas.

Acontece que esta “sede” por dados pessoais pode causar violações graves de privacidade, além de ser incerto como serão usados ​​para prever, influenciar e controlar o comportamento da população.

“Lembro-me constantemente das lições de George Orwell no seu livro 1984“, disse Brad Smith, presidente da Microsoft Corporation, no documentário da emissora britânica. A obra conta a “história de um Governo que podia ver tudo o que todos faziam e ouvir tudo o que todos diziam”.

“Isso não aconteceu em 1984, mas, se não tivermos cuidado, pode acontecer em 2024. Há partes do mundo onde a realidade, infelizmente, está cada vez mais a adaptar-se a essa visão da ficção científica”, justificou.

“Se não aprovarmos leis que protegem o público, vamos encontrar a tecnologia em alta e será muito difícil de a alcançar”, acrescentou ainda o empresário, que se mostra visivelmente preocupado com o crescente domínio da IA. Para Smith, a regulamentação da tecnologia é desesperadamente necessária.

Liliana Malainho, ZAP //

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