O Grupo TAP teve prejuízos de 1418 milhões de euros em 2020, mais de 13 vezes os 105 milhões de euros negativos de 2019, segundo o relatório e contas da Parpública, que gere a participação estatal.
Segundo o jornal Público, destes 1418 milhões de euros, 607,5 milhões dizem respeito ao primeiro semestre, pelo que a maior parte dos prejuízos teve lugar na segunda metade de 2020.
Ainda de acordo com a Parpública, as receitas do grupo foram de 1072 milhões de euros em 2020, menos 68% do que os 3345 milhões registados no ano anterior.
No que respeita à TAP, a Parpública diz que “a operação e resultados de 2020 foram significativamente impactados pela quebra de atividade verificada a partir de março, em resultado da pandemia de covid-19, que afetou de forma sem precedentes o setor da aviação civil a nível global”.
“As legítimas preocupações que a Parpública já havia manifestado nos anteriores relatórios foram extraordinariamente ampliadas pelos impactos – na companhia aérea, no setor, na economia e na sociedade – das consequências da atual crise sanitária, cuja dimensão tem exigido a adoção de medidas extraordinárias, que vão muito além das possibilidades de intervenção da Parpública enquanto acionista”, acrescenta a empresa, citada pelo diário.
Em abril deste ano, a TAP SA já tinha revelado um prejuízo histórico de 1230,3 milhões de euros no ano passado, em que teve menos 12,4 milhões de passageiros devido à pandemia.
Além da TAP SA, também a Portugália, a Manutenção Brasil, a Cateringpor e a SpdH/Groundforce fazem parte da TAP SGPS.
Esta segunda-feira, o Estado português, através da Direção-Geral do Tesouro e Finanças, realizou um aumento de capital de 462 milhões de euros na TAP, no âmbito do auxílio aprovado por Bruxelas, passando a deter 92% da companhia aérea.
No entanto, “este aumento de capital traduz-se num reforço da estrutura de capitais da TAP e não altera materialmente o controlo exercido sobre a TAP, na medida em que a República Portuguesa detém atualmente, direta e indiretamente, uma participação de 72,5% do capital social da TAP SGPS, o que significa que o beneficiário efetivo da TAP se mantém inalterado“, lê-se no comunicado publicado.
ZAP // Lusa
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