Com menos 12,4 milhões de passageiros transportados, a TAP apresentou um resultado líquido negativo de 1,230 mil milhões de euros em 2020, contra um prejuízo de 106 milhões de euros em 2019, segundo dados enviados à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
De acordo com o Expresso, as receitas operacionais recuaram 67,9%, passando de 2,2 mil milhões de euros em 2019 para 1,060 mil milhões de euros em 2020, devido, “sobretudo ao decréscimo dos rendimentos de passagens em 2,065 mil milhões de euros (-70,9%), e da atividade de manutenção para terceiros que registou um decréscimo de 143,4 milhões de euros (-67,9%) face ao período homólogo do ano anterior”.
O EBIT (resultado operacional) passou de 1,011 mil milhões de euros positivos em 2019, para 964,8 milhões de euros negativos em 2020. “Se ajustado de itens não recorrentes e custos de restruturação, o EBIT recorrente seria de menos 858,4 milhões de euros e o EBITDA recorrente seria de menos 273,7 milhões de euros”, explicou a TAP.
Os gastos operacionais desceram 37,7% para 1,2 mil milhões de euros e os custos com trabalhadores baixou de 678,6 milhões em 2019 para 419,7 milhões de euros em 2020, frutou sobretudo do ‘lay off’ simplificado e da aplicação do regime de apoio extraordinário à retoma progressiva de atividade.
Em 2020, a TAP transportou menos 72,7% dos passageiros do que em 2019, ou seja, os números desceram de um recorde 17 milhões para 4,6 milhões.
A empresa sublinhou um impacto positivo das diferenças de câmbio no montante de 162,1 milhões de euros, relacionadas com a apreciação do euro face ao dólar, ganho que compensou a penalização da desvalorização do real face ao euro. Como impacto negativo, apontou os custos de cobertura do fuel, no montante de 165,3 milhões de euros.
Segunda fase de medidas contou com 122 adesões
A segunda fase das medidas voluntárias da TAP, que decorreu entre 11 e 16 de abril, contou com 122 adesões. Destas, 100 contam para o redimensionamento do quadro. Concluídas as duas fases de adesão às medidas voluntárias, saíram 730 trabalhadores, coma companhia a indicar que ainda têm de sair mais 400 a 500 trabalhadores.
Na primeira fase das candidaturas, entre 11 de fevereiro e 24 de março, houve 690 adesões, mas só se concretizaram 669, e destas o impacto no redimensionamento foi de cerca de 630 postos de trabalho.
Entre a primeira e a segunda fase, o número de saídas é 730 trabalhadores. A estes têm juntam-se os 750 postos “poupados” com as medidas voluntárias propostas pelos sindicados. Somados, a TAP atingiu o objetivo face a 1480 trabalhadores, mas ainda faltam sair mais 520 trabalhadores para chegar aos 2000.
Paga zé!
Provavelmente os administradores este ano não terão prémio ao contrários dos anos anteriores… mesmo com prejuízo. Penso que seria mau de mais este ano atribuir prémios. Mas… já espero tudo.
Os prémios são sempre garantidos, com ou sem prejuízo é indiferente!