Os antigos egípcios eram criativos a desenhar personagens e a esculpir estátuas, acreditando que a arte ajudaria a alma a identificar o corpo.
A arte egípcia antiga servia propósitos diferentes da arte clássica. Segundo o Ancient Origins, não foi feita para ser contemplada pelos olhos modernos, mas sim para beneficiar os mortos ou seres divinos.
O Metropolitan Museum of Art, nos Estados Unidos, guarda um exemplo particularmente bonito de uma ferramenta de um antigo artista egípcio: uma paleta de cores de um pintor que data de 1390-1352 a.C..
O artefacto foi descoberto no Alto Egito, possivelmente em Tebas, e adquirido por Lord Carnarvon, em 1923.
A palete tem 17,5 centímetros de comprimento, é feita com uma única peça de marfim e inclui seis orifícios ovais para tintas, que os antigos egípcios faziam com os minerais que encontravam no país.
Depois de os moer num almofariz de pedra, misturavam água ao resultado. À mescla, acrescentavam uma goma de madeira ou clara de ovo para criar as cores.
O acessório do artista egípcio tem também uma inscrição, numa das extremidades, que data da época do Faraó Amenhotep III (1401-1353 a.C.). Segundo o portal, está em causa um dos períodos mais vibrantes para a arte e cultura egípcias antigas.
Apesar da idade, a paleta ainda contém pigmentos azuis, verdes, castanhos, amarelos, vermelhos e pretos.
Na altura, as cores serviam mais do que apenas para propósitos estéticos. O azul egípcio, por exemplo, é um dos primeiros pigmentos artificiais que se sabe ter sido usado pelo Homem.
Há cerca de 5.000 anos, os antigos egípcios aqueciam uma mistura de um composto de cálcio – que contém cobre, areia de sílica e refrigerante ou potássio – a cerca de 850-950ºC para criar o precioso pigmento, que foi reservado para as mais requintadas obras de arte.
Na crença egípcia, o azul era considerado a cor dos céus e, portanto, do Universo. Também foi associado à água e ao rio Nilo.