A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgouesta segunda-feira que o número de profissionais de saúde contaminados pelo vírus ébola já é sem precedentes. Ao todo, 240 profissionais estão doentes e mais de 120 morreram em consequência da febre.
A morte de pessoas das equipas médicas afecta o trabalho de combate ao vírus, pois, além de reduzir o número de pessoas activamente a combater a epidemia, assusta os profissionais que poderiam vir a colaborar.
Na Serra Leoa, na Libéria, na Guiné e na Nigéria morreram desde o início do ano 1.427 pessoas devido ao vírus.
Segundo a OMS, a escassez e o uso indevido de equipamentos de protecção são factores que ocasionam a disseminação da doença entre os profissionais de saúde.
Outra causa da disseminação é o baixo número de profissionais para o tamanho da epidemia, que faz com que os que estão a actuar trabalhem mais do que o recomendado, podendo ocasionar falhas na protecção.
De acordo com a organização, o surto actual é diferente, pois disseminou-se por áreas rurais remotas.
Como os sintomas iniciais da doença podem ser confundidos com malária e febre tifóide, pacientes com ébola podem ter tido contacto com médicos desprevenidos.
A OMS estima que, nos três países mais atingidos, apenas um ou dois médicos estão disponíveis para cada 100 mil pessoas, e estes profissionais estão fortemente concentrados em áreas urbanas.
ZAP / ABr
Epidemia de Ébola
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