Utentes com alergias só são vacinados após consulta de imunoalergologia

Rungroj Yongrit / EPA

Quando foi aprovada a primeira vacina para a Europa, estavam indicados para vacinação em meio hospitalar, sem consulta prévia, utentes com historial de alergias a fármacos e alimentos. Agora, o conceito é diferente.

De acordo com o Jornal de Notícias, as orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS)foram atualizadas em março, determinando a referenciação, prioritária, para consulta de imunoalergologia.

Com a atualização da norma, restringiu-se o conceito de alergia para hipersensibilidade a qualquer um dos excipientes da vacina; reação anafilática a uma dose anterior; ou diagnóstico prévio de anafilaxia idiopática ou reações anafiláticas recorrentes e sem causa aparente.

Agora, quando convocados para a vacinação, os utentes respondem a um questionário onde se detalham as alergias. Depois, são referenciados “com caráter prioritário a serviços de imunoalergologia“.

Se o imunoalergologista confirmar o achado, o hospital requisita as vacinas para imunização. Se não confirmar, o relatório segue para o médico de família para reagendamento.

Segundo Luísa Geraldes, responsável pelo grupo de interesse de alergia a fármacos da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica, no Hospital de Guimarães, nas últimas duas semanas houve 100 pedidos, dos quais 10% acabaram com indicação para vacinação em meio hospitalar.

Estes utentes podem tomar a vacina A ou B, mediante a alergia identificada.

Relação da vacina com ciclo menstrual

De acordo com o semanário Expresso, vai ser estudado um possível efeito secundário das vacinas contra a covid-19: a sua relação com o surgimento de períodos menstruais mais intensos, precoces ou irregulares.

Em fevereiro, Kate Clancy, investigadora da Universidade de Illinois, começou a ouvir descrever vários casos em que mulheres notaram alterações menstruais após terem sido vacinadas. Por exemplo, a uma outra investigadora, Katharine Lee, aconteceu ter iniciado a menstruação logo depois da administração da vacina.

Clancy decidiu perguntar no Twitter se alguém tinha notado algo estranho, tendo ficado surpreendida com o volume das respostas recebidas.

Clancy e Lee resolveram lançar um inquérito e recolheram 22 mil respostas, entre as quais as de algumas mulheres que afirmam ter sentido cólicas e sangrado pela primeira vez desde que colocaram o DIU ou mesmo tendo entrado já na menopausa.

Por outro lado, não ter notado qualquer alteração foi também uma resposta comum, pelo que as investigadoras entenderam que o tema teria de ser investigado.

Os sintomas descritos não foram observados durante os testes com as vacinas, mas alguns cientistas acreditam que a vacina contra a covid-19 afete o sistema imunológico, o que pode acarretar alterações no ciclo menstrual.

Maria Campos, ZAP //

 

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