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Um “templo subterrâneo” impede que Tóquio fique inundada

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Dddeco / Wikimedia

O Metropolitan Area Outer Floodway, em Saitama, Tóquio.

Em Tóquio, há enormes sistemas subterrâneos de desvio de águas das cheias, que impedem que a capital do Japão inunde após tufões ou chuvas torrenciais.

As cerejeiras em flor no Japão anunciam o fim do inverno. Este ano, as flores de cerejeira de Quioto atingiram o seu pico a 26 de março, o mais precoce desde o início dos registos oficiais em 1953. A culpa é das alterações climáticas — que também agravam eventos climáticos extremos, como chuvas intensas e inundações.

Para combater as inundações, o Japão criou sistemas subterrâneos gigantescos de desvio de águas, escreve a VICE.

O Metropolitan Area Outer Floodway, localizado nos arredores de Tóquio, é um dos maiores túneis de drenagem subterrânea do mundo. Este sistema permite desviar as águas das inundações, protegendo os 38 milhões de habitantes da área metropolitana de Tóquio.

“Chuvas intensas e fortes, desastres que podem ocorrer uma vez a cada 100 anos, estão a tornar-se mais regulares por causa do aquecimento global. Estão a acontecer agora uma vez a cada 50 anos, ou uma vez a cada 30 anos“, explicou Kei Yoshimura, professor da Universidade de Tóquio.

Este verdadeiro “templo subterrâneo” evita que estes desastres que Yoshimura menciona ocorram mais regularmente.

Desde a sua conclusão parcial entre 2002 a 2019, o sistema foi usado 121 vezes para armazenar o excesso de água das enchentes.

A região de Saitama é particularmente vulnerável a cheias causadas por tufões e chuvas torrenciais. Enquanto em 2000 um tufão levou à inundação de 248 casas em Saitama, em dezembro de 2006 — com a construção dos sistemas subterrâneos parcialmente completa — apenas foram inundadas 85 casas.

O sistema contém cinco poços de 70 metros de profundidade, conectados através de um labirinto de túneis subterrâneos sustentados por pilares de 500 toneladas. Geralmente de agosto a maio, durante a época seca, os túneis estão abertos a visitantes.

Daniel Costa, ZAP //

1 Comment

  1. Por cá nem inteligência existe para canalizar a água das enchentes dos rios a norte e centro para sul e aproveitá-la nas barragens aí existentes, visões diferentes de ver e encarar o futuro!

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