Jerusalém no limite após confrontos entre israelitas e palestinianos

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Lawrence OP / Flickr

Porta de Damasco, em Jerusalém

As autoridades israelitas detiveram mais de 50 pessoas, enquanto médicos palestinianos informaram que mais de 100 ficaram feridas após violentos confrontos na cidade de Jerusalém.

Segundo noticiou esta sexta-feira o Independent, a violência iniciou numa das entradas de Jerusalém na noite de quinta-feira, quando um grupo de ultranacionalistas israelitas – Lehava -, saiu às ruas gritando “morte aos árabes”, enquanto a polícia a cavalo tentava separá-lo de jovens palestinianos que protestavam com foguetes.

As tensões aumentaram desde o início do Ramadão, a 13 de abril, com os palestinianos a relatar que a polícia tentou impedi-los de realizar os seus encontros noturnos habituais do lado de fora da Porta de Damasco, um marco histórico no lado norte da cidade.

Também no centro de Jerusalém a semana foi de ataques violentos contra árabes israelitas e palestinianos, após a divulgação nas redes sociais de vídeos que mostravam palestinianos a atacar judeus ultraortodoxos na zona do Portão de Damasco.

Centenas de agentes israelitas isolaram o bairro de Sheikh Jarrah, no leste de Jerusalém, para evitar que os lados rivais se encontrassem. Espalharam ainda gás lacrimogéneo ao longo dos muros da Cidade Velha, para dispersar a multidão e deter os manifestantes.

A polícia israelita informou que deteve mais de 50 pessoas durante a noite, sem fazer distinção entre israelitas e palestinianos. Enquanto isso, 100 palestinianos ficaram feridos em confrontos com as forças de segurança. Cerca de 21 foram levados ao hospital.

A polícia israelita defendeu a decisão de impedir o acesso à zona da Porta de Damasco durante o Ramadão como parte do esforço para garantir que os fiéis muçulmanos tenham acesso seguro ao principal local de orações islâmicas na Cidade Velha.

Taísa Pagno //

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