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Com apenas calor e água, novo processo decompõe plásticos biodegradáveis mais rápido

UC Berkeley

A maioria dos plásticos biodegradáveis, feitos sobretudo com poliéster, também conhecido como ácido polilático, ou PLA, acabam por ir parar a aterros sanitários e duram tanto quanto os plásticos normais. Agora, uma equipa inventou uma forma de fazer com que estes ​​se decomponham mais facilmente.

Os cientistas da Universidade da Califórnia, em Berkeley, conseguiram que com apenas calor e água, os plásticos sejam decompostos em poucas semanas, ajudando a resolver os problemas de tantos ambientalistas.

O novo processo envolve a incorporação de enzimas que comem o poliéster presente no plástico.

Quando exposta ao calor e à água, a enzima remove a sua cobertura de polímero e começa a triturar o polímero plástico nos seus blocos de construção – no caso do PLA, reduzindo-o a ácido lático, que pode alimentar os micróbios do solo em decomposição. A embalagem de polímero também se degrada.

O processo elimina os microplásticos, um subproduto de muitos processos de degradação química e um poluente por si só. Segundo o estudo, publicado na revista Nature a 21 de abril, até 98% do plástico submetido a esta técnica degrada-se em pequenas moléculas.

As equipas de pesquisa incorporaram enzimas que “comem” os polímeros em nano escala diretamente num plástico ou noutro material, de uma forma que os sequestra e protege até chegar às condições certas para os libertar.

Os resultados mostraram que as enzimas envoltas em RHP não alteraram o caráter do plástico, que pode ser derretido e extrudado em fibras como o plástico de poliéster normal a temperaturas de cerca de 170ºC.

À temperatura ambiente, 80% das fibras de PLA modificadas degradaram-se inteiramente em cerca de uma semana, diz o EurekAlert.

A degradação é mais rápida quando está exposta a temperaturas mais altas. Em condições de compostagem industrial, o PLA modificado degradou-se em apenas seis dias a 50ºC.

Ana Isabel Moura, ZAP //

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