O Lidl vai tornar-se a primeira grande cadeia de supermercados a oferecer produtos menstruais em todas as lojas de um país. A iniciativa, que ocorre na República da Irlanda, tem como objetivo o combate à pobreza menstrual, seguindo assim os exemplos da Escócia e da Nova Zelândia.
Os irlandeses vão poder pedir um cupão mensal para cobrir os gastos com pensos higiénicos ou tampões nas lojas Lidl, através da aplicação Lidl Plus. A medida entra em vigor a 3 de maio.
A rede de supermercados alemã compromete-se também, a doar, a cada três meses, produtos de higiene íntima à comunidade Simon, para assegurar que pessoas em situação de sem-abrigo – e sem acesso a um smartphone – também conseguem ter acesso a estes bens essenciais.
Em Maio de 2020, a organização Plan International revelou que milhões de mulheres em todo o mundo enfrentavam uma escassez de produtos menstruais, com preços inflacionados que não conseguiam pagar.
A organização indicou ainda que na Irlanda, metade das raparigas entre 12 e 19 anos teriam dificuldade em comprar estes produtos e cerca de 60% afirmaram já ter faltado à escola por causa da menstruação.
“Desde que soubemos mais sobre o problema crescente da pobreza menstrual na Irlanda que sentimos que, enquanto retalhista familiar, é do melhor interesse da nossa comunidade apoiar jovens raparigas e mulheres afetadas por esta crise”, explica Aoife Clarke, head of Communications do Lidl Irlanda, à CNN.
O Lidl não impõe que sejam apenas mulheres a pedir os cupões, sendo que esta decisão permite que qualquer pessoa os use no supermercado, mesmo que não compre os produtos para si. Além disso, permite a inclusão de pessoas trans que menstruam.
A rede de supermercados na República da Irlanda é a primeira a oferecer produtos de higiene íntima nas suas lojas
O porta-voz do Lidl, citado pela CNN sublinha, que esta é uma iniciativa destinada somente à Irlanda, abrangendo todas as lojas no País. De fora ficam os restantes 28 países onde a cadeia alemã tem mais de 11.200 supermercados.
Em Novembro de 2020, a Escócia tornou-se o primeiro país a tornar gratuitos os produtos menstruais.
A Nova Zelândia também irá distribuir, a partir de Junho, produtos de higiene íntima em todas as escolas do país.
Sinceramente, nunca me dei conta de qq caso destes por cá. Isto não quer dizer que não haja. Pobreza menstrual… esta é nova para mim.
A ambiguidade de certos Títulos, deixam-nos no mínimo interrogativos. Mas já sei que serei contestado se propor “Pobreza Económica”. Pois…. “Pobreza Menstrual” deixa supor, uma menorreia pouco abondante!