Tiago Petinga / Lusa
O secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP) Jerónimo de Sousa
Jerónimo de Sousa focou as suas críticas no PS no dia em que a CDU apresentou o compromisso da coligação parar as eleições autárquicas.
A CDU promoveu, esta terça-feira, um “ato público” para apresentar o compromisso da coligação para as eleições autárquicas que se aproximam. No Hotel Vitória, o discurso do líder do PCP focou-se parcialmente em críticas ao PS, o seu antigo parceiro de governação.
Jerónimo de Sousa acusou os socialistas de não fazerem cumprir “o edifício constitucional do poder local”, adiando “sucessivamente a criação das regiões administrativas” — com a ajuda do PSD e CDS.
O comunista fala de “sucessivos desrespeitos pela autonomia do poder local”, nomeadamente a “liquidação de mais de um milhar de freguesias”. O PCP não esquece, nem perdoa a reforma do mapa das freguesias “imposta em 2013 contra a vontade das populações”, escreve o Expresso.
Jerónimo promete marcar presença com listas de candidatos a nível nacional, assumindo-se como “força alternativa quer a PSD e CDS, quer a PS e BE”.
Nas últimas eleições autárquicas, o PCP perdeu dez autarquias, sendo que nove delas foram tomadas pelo PS. Sem intenções de ver a acontecer o mesmo neste ato eleitoral, o secretário-geral do PCP critica o Governo socialista em matéria de apoios.
O político argumenta que o Executivo segue “opções de submissão como as do défice”, que “conduzem a que os apoios e medidas que podem e devem ser tomados, muitos dos quais com expressão no OE e para lá dele, continuem a serem arrastados ou pervertidos pelo Governo PS”.
