Derek Chauvin, acusado de matar George Floyd, recusa-se a testemunhar em tribunal

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Derek Chauvin, o agente da polícia que matou George Floyd.

Derek Chauvin, o antigo agente da polícia acusado de ter asfixiado o cidadão afro-americano George Floyd, informou o tribunal de que não vai testemunhar no processo.

Derek Chauvin decidiu que não vai testemunhar. “Invoco hoje o meu direito à Quinta Emenda”, disse o ex-agente, referindo-se ao seu direito contra a auto-incriminação, nos termos da Constituição dos Estados Unidos da América, afirmando que não iria testemunhar no processo contra si próprio.

Perante tal declaração, o juiz Peter Cahill questionou o ex-agente policial: “É esta a sua decisão de não testemunhar?”. De acordo com o Jornal de Notícias, Chauvin respondeu: “É, meritíssimo.”

Derek Chauvin, de 45 anos, é acusado da morte do afro-americano George Floyd, caso que desencadeou uma vaga de protestos antirracismo e contra a brutalidade policial em várias cidades norte-americanas e no mundo no ano passado.

No dia 25 de maio de 2020, o antigo agente policial ficou ajoelhado sobre o pescoço de Floyd durante oito minutos e 46 segundos, asfixiando mortalmente o afro-americano.

Chauvin declara-se inocente e a sua defesa assegura que George Floyd, suspeito de efetuar um pagamento com uma nota falsa de 20 dólares, morreu de uma overdose associada a problemas cardíacos no momento em que a polícia tentava neutralizá-lo.

O julgamento entrou agora na terceira semana. As argumentações finais estão previstas decorrer na segunda-feira e, depois de concluídas, o grupo de jurados selecionado irá retirar-se para deliberar.

O veredicto  é aguardado para o final de abril ou início de maio.

Liliana Malainho, ZAP //

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