Uma equipa de arqueólogos desenterrou mais de 40 túmulos datados de meados do primeiro milénio d.C. Os trabalhos de escavação decorreram na comuna de Île-Rousse, na Córsega, em pleno Mar Mediterrâneo.
A descoberta da necrópole da Córsega sugere que há muito mais a ser encontrado em Île-Rousse do que se imaginava, escreve o portal Ancient-Origins. No passado, as escavações nesta comuna nunca foram muito frutíferas, o que reduziu seriamente as expectativas dos investigadores.
Os esqueletos encontrados na Córsega tinham uma particularidade bizarra. Em vez de estarem enterrados em caixões, a maioria dos esqueletos tinha sido sepultada dentro de um tipo de jarro de cerâmica alto e robusto conhecido como ânfora. Tipicamente, este recipiente servia para guardar bens de consumo.
Vinho, azeite e salmoura eram comprados aos mercadores cartagineses em grandes quantidades, o que significava que haveria muitas ânforas disponíveis para serem reutilizadas como jazigo para os mortos. Alguns dos túmulos até foram cobertos com materiais de terracota, associados à arquitetura grega e romana antiga.
Isto bate certo com a linha temporal, uma vez que os romanos ocuparam a ilha da Córsega e a área de Île-Rousse durante o período em que os sepultamentos foram datados. Assim, os colonizadores posteriores poderiam ter reutilizado materiais que foram deixados para trás após a partida dos romanos.
A localização costeira acessível de Île-Rousse tornava-a um ponto de desembarque ideal para navios que cruzavam o Mediterrâneo, abrindo portas para a sua colonização.
A equipa de investigadores confirmou que os estudos arqueológicos e antropológicos sob a sua autoridade continuarão em Île-Rousse, o que significa que não demorará muito para que novas surpresas sejam reveladas.