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Esqueletos em jarros gigantes desenterrados em necrópole da Córsega

Pascal Druelle / INRAP

Um dos túmulos encontrados na Córsega.

Uma equipa de arqueólogos desenterrou mais de 40 túmulos datados de meados do primeiro milénio d.C. Os trabalhos de escavação decorreram na comuna de Île-Rousse, na Córsega, em pleno Mar Mediterrâneo.

A descoberta da necrópole da Córsega sugere que há muito mais a ser encontrado em Île-Rousse do que se imaginava, escreve o portal Ancient-Origins. No passado, as escavações nesta comuna nunca foram muito frutíferas, o que reduziu seriamente as expectativas dos investigadores.

Os esqueletos encontrados na Córsega tinham uma particularidade bizarra. Em vez de estarem enterrados em caixões, a maioria dos esqueletos tinha sido sepultada dentro de um tipo de jarro de cerâmica alto e robusto conhecido como ânfora. Tipicamente, este recipiente servia para guardar bens de consumo.

Vinho, azeite e salmoura eram comprados aos mercadores cartagineses em grandes quantidades, o que significava que haveria muitas ânforas disponíveis para serem reutilizadas como jazigo para os mortos. Alguns dos túmulos até foram cobertos com materiais de terracota, associados à arquitetura grega e romana antiga.

Isto bate certo com a linha temporal, uma vez que os romanos ocuparam a ilha da Córsega e a área de Île-Rousse durante o período em que os sepultamentos foram datados. Assim, os colonizadores posteriores poderiam ter reutilizado materiais que foram deixados para trás após a partida dos romanos.

A localização costeira acessível de Île-Rousse tornava-a um ponto de desembarque ideal para navios que cruzavam o Mediterrâneo, abrindo portas para a sua colonização.

A equipa de investigadores confirmou que os estudos arqueológicos e antropológicos sob a sua autoridade continuarão em Île-Rousse, o que significa que não demorará muito para que novas surpresas sejam reveladas.

Daniel Costa, ZAP //

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