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Fé nos números. Foi o voto não religioso que Donald Trump perdeu em 2020 

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gageskidmore / Flickr

Donald Trump, ex-Presidente dos Estados Unidos

Em novembro de 2020, Joe Biden foi eleito Presidente dos Estados Unidos da América. Uma análise revelou recentemente que a derrota de Donald Trump dependeu daqueles que não se identificam com nenhuma religião.

Ryan Burge, professor de Ciência Política na Eastern Illinois University, nos Estados Unidos, escreveu um artigo no The Conversation no qual explica que o peso da derrota do ex-Presidente Donald Trump não esteve nas mãos dos eleitores religiosos.

Dados revelados no mês passado indicam que o apoio a Trump aumentou ligeiramente em 2020 entre os votos dos grupos religiosos, se comparados com a eleição de 2016. No fundo, Trump teve uma queda notável entre os eleitores que não se identificam com nenhuma religião.

Os dados mais recentes, baseados no Cooperative Election Study, revelam que o apoio dos evangélicos brancos a Donald Trump aumentou em 2020: de 78% em 2016, para 80% no ano passado.

Donald Trump foi também alvo de um aumento de dois pontos percentuais no voto de evangélicos não-brancos, católicos brancos, protestantes negros e judeus, em comparação com a eleição de há quatro anos.

Estas diferenças não são significativas, mas, se analisados detalhadamente, os dados revelam tendências interessantes: o candidato republicano conseguiu algum apoio entre grupos religiosos mais pequenos, como hindus e budistas, e aumentou a percentagem de votos mórmon, por exemplo.

O que está claro é que o antigo Presidente dos Estados Unidos perdeu terreno entre os religiosos não filiados: a participação de Trump no voto ateu caiu de 14% em 2016 para apenas 11% em 2020 e o declínio entre os agnósticos foi ligeiramente maior, de 23% para 18%.

Os eleitores que se identificam como “nada em particular” – um grupo que representa 21% da população do país – não apoiaram Trump na sua candidatura à reeleição. Neste grupo, os votos caíram três pontos percentuais, em comparação com 2016.

Liliana Malainho, ZAP //

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