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Restaurantes queixam-se dos clientes após invasão às esplanadas sem máscaras e pedem “mais regras”

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Tiago Petinga / Lusa

Uma esplanada em Lisboa.

Uma esplanada em Lisboa.

O sol e a nova fase de desconfinamento que arrancou nesta semana levaram centenas de portugueses às esplanadas de espaços de restauração. Os empresários do setor estão preocupados com a falta de máscaras e pedem ao Governo uma clarificação das regras para evitar novo confinamento.

O presidente da associação nacional de restaurantes PRO.VAR, Daniel Serra, assume, em declarações à agência Lusa, que os empresários estão preocupados com “o uso das máscaras e com o facto de os clientes não estarem a respeitar o pedido”.

“Muitos empresários estão a pedir, que sempre que não estejam a consumir mantenham a máscara colocada”, reforça Daniel Serra, notando que é preciso fazer “uma clarificação das regras de forma urgente para que se possa evitar um retrocesso no desconfinamento“.

Daniel Serra aponta que os empresários não conseguem impor o uso da máscara e, por isso, esperam que o Governo faça alguma coisa.

“Os empresários estão com o coração nas mãos porque não conseguem impor essa questão e muitos clientes quase de forma inconsciente acabam por incumprir”, sublinha.

O dirigente da PRO.VAR afirma ainda que “um terço dos estabelecimentos estão a operar e dois terços estão a aguardar por dia 19 de Abril e 3 de Maio para poderem voltar à normalidade”. Assim, conclui que há “uma preocupação de forma generalizada” com um eventual retrocesso no processo de desconfinamento.

“Seria catastrófico voltar a confinar”

A PRO.VAR quer que “os estabelecimentos da restauração tenham a obrigatoriedade de ter uma indicação das regras covid nos estabelecimentos e isso não existe”. “É mais fácil para o empresário fazer cumprir se estiver afixado”, destaca Daniel Serra.

“Estamos a falar do ponto de vista também de concorrência: se for uma obrigação todos têm de cumprir da mesma forma, não há concorrência desleal. Uns cumprem, outros não e as coisas não funcionam”, explica ainda.

Segundo Daniel Serra, deviam ser afixadas indicações importantes como a lotação, “regras básicas” do uso da máscara e da desinfeção das mãos.

“Os empresários pedem que haja um equilíbrio entre o controlo da pandemia e a economia. Não queremos aqui voltar a uma situação anterior. São 13 meses de enorme dificuldade que o setor está a enfrentar e seria catastrófico voltar a confinar“, destaca ainda.

No âmbito da segunda fase de desconfinamento por causa da pandemia de covid-19, que arrancou na segunda-feira, os restaurantes, pastelarias e cafés com esplanada reabriram, mas com grupos limitados a um máximo de quatro pessoas por mesa, encerrando às 22h30 de segunda a sexta e às 13 horas ao fim de semana.

A decisão de avançar com a segunda fase do plano do Governo foi tomada na sexta-feira em Conselho de Ministros, depois de analisada a situação da pandemia em Portugal, em especial o índice de transmissibilidade (Rt) do vírus SARS-CoV-2 e a taxa de incidência de novos casos de covid-19.

Nesta segunda fase de desconfinamento reabriram também os ginásios, mas ainda sem aulas de grupo, e os alunos dos 2.º e 3.º ciclos retomaram as aulas presenciais.

A pandemia de covid-19 já provocou 16.887 mortes em 824.368 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

ZAP // Lusa

16 Comments

    • Que comentário tão poucochinho e egoísta. Tudo se resolve se houver o mínimo de civismo, que pelo seu comentário é perceptível que não sabe o que isso é. Continue a desrespeitar e a fazer pouco de quem cumpre e tenta fazer cumprir e depois venha para aqui chorar muito admirado de termos sido todos recambiados para casa e que o governo é autoritário e coiso e tal. Juízo, senhor.

    • Subscrevo inteiramente o comentário resposta do Telmo ao Magno Casimiro.
      Enquanto não aprendermos que o significado de Liberdade tem também a ver com o respeito pelos outros ( civismo ), não vamos conseguir ultrapassar esta Pandemia. Às vezes parece que, esta malta só cumpre as regras quando tem as Autoridades Policiais em cima deles ! Que raio de adultos são estes ?

      • Mas vamos lá ver se atinamos com as medidas !!!
        Não é obrigatório que as mesas na explanada tenham um max de 4 pessoas e estejam a 2 metros de distancia entre clientes?
        Não diz a OMS que isso é o necessário para ter segurança?

        Assim sendo o uso de mascara quando sentado não aporta nenhuma mais valia, só porque alguns tem medo da própria sombra não significa que os outro tenham falta de civismo.

        Eu se vou a uma explanada comer e tomar um cafe, quero estar tranquilo não quero estar na dança da mascara, a baixar a mascara para beber a cerveja ou o café como se estivesse a tomar ás escondidas.
        Se isso trouxesse mais segurança aos outros ainda vá que não vá, agora sendo completamente redundante, não faz sentido e acusar-me de falta de civismo e respeito pelos outros parece-me de extremos.

        Parece-me que alguns querem ser mais papistas que o papa e infelizmente acabamos todos por levar por tabela ás custas de meia dúzia que faz barulho, pessoalmente se realmente vira moda a estupidez eu passo ao lado e fico na varanda de casa, depois venham os restaurantes queixarem-se que as pessoas estão com medo e não tem clientes e que assim não conseguem sobreviver.

        O mais infeliz disto tudo é que as medidas são tomadas sem qualquer nexo e depois acontece como em Espanha que a lei obrigava a que na praia, mesmo estando na agua aos mergulhos, tinham de estar com mascara. Aqui vamos pelo mesmo caminho.

  1. Culpa da Minisrtra da Saúde que não sabe o que fazer. As Lojas de roupa estão encerradas e representam menos riscos do que centenas de pessoas nas esplanadas, sem consumirem e a falar uns para os outros sem mascaras.
    Nota-se nitidamente que nao estao a consumir nada e estão sem máscaras.

  2. Onde está a fiscalização? Fiscalização em ação; em caso de incumprimento fazer uso da lei.

    O não cumprimento terá um custo: 4a vaga! — espero que os Portugueses que não têm consciência comecem a obedecer às regras (nem se preocupam consigo nem com os outros).

    Claro que depois irão surgir notícias a referir que o “Governo” foi o culpado: foi/será? Então e os Portugueses? Qual é a desculpa para não cumprirem a lei?

  3. O Magno Casimiro e o Certo com os seus criminosos comentários, demonstram aquilo que verdadeiramente são, uns irresponsáveis que não têm o mínimo de noção das coisas e que fariam muito melhor se ficassem quietos. Deixem-nos viver melhor e desapareçam da circulação.

  4. Mais grave era a situação dos portugueses que já estavam a morrer por falta de esplanadas, assim muitos irão sobreviver a esta catástrofe!

  5. Quem tem medo, e quem não quer deixar margem à responsabilização individual, não pode gerir estes espaços sociais. O melhor é manter-se fechado e esperar eternamente pelo desaparecimento do vírus.
    Também os clientes deverão escolher os locais onde são bem vindos e não causar perturbação a certos Empresários pusilânimes.

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