Florida causou problema ambiental para evitar “inundação catastrófica”

Um reservatório na Florida, Estados Unidos (EUA), que ameaçava inundar a cidade de Tampa com mais de 1000 milhões de litros de água contaminada com fosfogesso, proveniente da indústria de fertilizantes fosfatados, transformou-se num problema ambiental.

De acordo com o Público, embora o risco de uma “inundação catastrófica” tenha diminuído esta terça-feira, os ambientalistas falam em “danos significativos” para o ambiente devido às operações de drenagem para o porto de Manatee, na baía de Tampa, de uma parte das águas cuja pressão ameaçava destruir o reservatório.

“O nosso objetivo agora é tentar prevenir e responder, se necessário, a uma situação de inundação verdadeiramente catastrófica”, disse o governador da Florida, Ron DeSantis, no domingo à noite, citado pelo Tampa Bay Times.

Na sexta-feira, uma “parte da parede de suporte” deslocou-se “lateralmente”, agravando a deterioração da estrutura do reservatório de uma antiga fábrica de fosfato em Piney Point, com as autoridades a declararem o “estado de emergência” no sábado. Mais de 300 casas foram evacuadas e muitas das famílias alojadas em hotéis.

Segundo o administrador do condado de Manatee, Scott Hopes, a cidade “ainda não está livre do perigo”. As equipas tentam colmatar as falhas no revestimento com pedras e outros materiais, enquanto retiram parte das águas residuais de forma controlada para o porto de Manatee através de “uma vala de drenagem”, referiu Hopes à agência Reuters.

A estrutura é um de três reservatórios da antiga fábrica, que contêm água do mar e da chuva com nitrogénio e fosfogesso, substância monitorizada devido à potencial radioatividade. A Agência de Proteção Ambiental da Florida garante, contudo, que essas águas não são “radioativas” nem “tóxicas”, com os riscos ambientais desvalorizados.

Os ambientalistas alertam para uma “catástrofe ambiental” devido à propagação de algas nocivas que podem vir a afetar a vida aquática na baía de Tampa.

Segundo Hopes, a situação poderia ter ficado resolvida “há mais de duas décadas”, visto que os primeiros indícios da deterioração remontam a 2003. Já nessa altura, a Agência de Proteção Ambiental da Florida autorizara a drenagem de milhões de litros de água para o golfo do México.

ZAP //

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