/

Taxa de desemprego mantém-se nos 6,9% em fevereiro

1

José Sena Goulão / Lusa

O prolongamento do confinamento durante fevereiro não aumentou a taxa de desemprego em Portugal, que ficou nos 6,9%, tal como aconteceu em janeiro, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo noticiou o Observador esta segunda-feira, a taxa de desemprego jovem caiu 1,4% face a janeiro, passando para 21,6%.

Já a população inativa diminuiu 0,3% face a janeiro (menos 8,8 mil pessoas), mas é superior em 2,4% em relação a período homólogo (mais 62,2 mil pessoas). A taxa de inatividade ficou nos 34,6%, menos uma décima do que em janeiro, mas mais 0,9 pontos percentuais face a igual período do ano passado.

Quanto à taxa de subutilização do trabalho, foi estimada pelo INE em 13,9%, um acréscimo de uma décima em relação ao mês anterior, tendo para isso contribuído os aumentos de trabalhadores a tempo parcial, dos inativos à procura de emprego mas não disponíveis para trabalhar e dos inativos disponíveis mas que não procuram emprego. Já face a período homólogo, o aumento dessa taxa foi de 1,2%.

Enquanto isso, a população empregada aumentou 0,2% (mais 9,2 mil pessoas), para um total de 4.677,5 mil pessoas com emprego. Porém, face ao período homólogo, diminuiu 1,7% (menos 78,8 mil).

BE insiste em mais contratações nas escolas

A líder do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, apelou ao primeiro-ministro para um reforço de pessoal docente e não-docente nas escolas, de forma a evitar que se voltem a atacar os problemas tarde demais, no dia em que arrancam as aulas presenciais do 2.º e 3.º ciclos, avançou a TSF.

Reconhecendo que o país “deve um enorme agradecimento à forma como a comunidade escolar tem aguentado o ano letivo”, referiu: “Que este agradecimento seja concretizado na contratação rápida de mais gente para as escolas”, durante uma visita ao agrupamento de escolas da Portela e Moscavide, no concelho de Loures.

Catarina Martins apontou para “um concurso extraordinário de professores que permita às escolas ter condições para recuperar as aprendizagens” e para a contratação de “muitos outros profissionais que são essenciais à comunidade escolar, à sua recuperação, até à recuperação dos índices de saúde mental”.

“Ministra do Trabalho tem alguns equívocos”

Na sexta-feira, a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, disse que o Parlamento aprovou uma “mudança radical” e que os apoios poderiam implicar prejuízo para os trabalhadores independentes.

Questionada sobre o tema, a líder bloquista afirmou: “Julgo que a ministra do Trabalho tem alguns equívocos sobre os apoios sociais e nomeadamente sobre alguns conceitos sobre o que são apoios contributivos, o que são apoios sociais, como é que são aferidos rendimentos e descontos. Mas julgo que a senhora ministra com os serviços do ministério conseguirá esclarecer tudo isso”.

Taísa Pagno //

1 Comment

  1. Mas alguém acredita nesta taxa?!!!!
    A taxa de desemprego atual é pelo menos o dobro desta. Pelo menos. Muitos não estão inscritos no Centro de Emprego porque não recebem subsídio de desemprego nem qualquer outro rendimento do Estado. E já desistiram de se inscrever porque sabem que os Centros de Emprego não arranjam emprego a ninguém. Apenas servem para empregar os seus próprios funcionários e para colocar alguns amigos nas direções e por aí fora.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.