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Chefe da máfia Calabresa detido pela PJ no Hospital de S. José. Estava internado com covid-19

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Francesco Pelle, chefe da máfia Calabresa, foi preso pela PJ em Lisboa

Francesco Pelle era procurado pelas autoridades desde 2007 para cumprir pena de prisão perpétua. Foi detido no Hospital de São José, onde estava internado com covid-19.

É o chefe da máfia Calabresa e o responsável pelo controlo da entrada de cocaína na Europa, liderando assim uma das organizações criminosas mais famosas do mundo. Segundo o Correio da Manhã, Pelle é um de oito fugitivos à justiça vistos como os mais perigosos de Itália.

De acordo com o mesmo jornal, o mafioso italiano de 44 anos, conhecido como “Ciccio Paquistanês“, estava internado no Hospital de São José, em Lisboa, a receber tratamento, uma vez que estava infetado com covid-19.

A polícia procurava o criminoso italiano desde 2007, tendo perdido o seu rasto em Milão, em 2019.

Nesta altura, o chefe da máfia calabresa viu o Supremo italiano confirmar a sua condenação a prisão perpétua por homicídio, relativo a dois massacres com famílias rivais, um dos quais resultou na morte de Maria Strangio, mulher de Gianluca Nirta, à data cabecilha da família Strangio-Nirta, principal rival de Pelle no controlo do crime na região da Calábria.

No outro caso, a violência deveu-se a subsequente ajuste de contas entre os grupos rivais que causou seis mortes à frente de uma pizzaria em Duisburg, na Alemanha.

No entanto, não é a primeira vez que Francesco Pelle é detido num hospital, uma vez que é conhecido pelas suas fugas de clínicas e hospitais.

Em setembro de 2008 o líder da máfia calabresa foi preso pela polícia italiana quando se encontrava, com nome falso, a fazer fisioterapia, paga pelo sistema de saúde pública. Mesmo internado continuava a dirigir os seus homens, através do Skype.

Para prender Pelle os agentes da polícia infiltraram-se no hospital de Pavia disfarçados de médicos.

A detenção em Lisboa terá sido acompanhada pela Polícia italiana, sendo que nem esta nem as autoridades portuguesas divulgaram informações sobre a operação.

Agora, as investigações prosseguem para descobrir o paradeiro dos cúmplices de Pelle.

Ana Isabel Moura, ZAP //

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