A dupla de advogados que representa Rosa Grilo – acusada de matar o marido – está a ser acusada pela Polícia Judiciaria de plantaram provas na casa onde o triatleta foi assassinado para alterar rumo do julgamento.
Segundo o Correio da Manhã, o entendimento está expresso no relatório final da Brigada de Homicídios da PJ e já foi enviado para o Tribunal de Vila Franca de Xira, no qual se sugere que ambos sejam acusados do crime de favorecimento pessoal.
Entretanto, o processo está parado devido à suspensão de prazos em tempos de pandemia. Ainda assim, a acusação poderá ser conhecida logo após os tribunais regressarem à normalidade.
Américo Pina, que foi constituído arguido pela Polícia Judiciária, não deverá ser acusado. A PJ defende que um dos fatores da exclusão da responsabilidade criminal é exatamente ser pai de Rosa Grilo e ter atuado no quadro de tentar proteger a filha.
Por outro lado, o mesmo não acontece quanto aos outros arguidos, que não têm qualquer relação familiar com a viúva. Tânia Reis, uma das advogadas, poderá vir a responder num processo disciplinar da Ordem dos Advogados, após a investigação terminar.
Já João de Sousa tem ainda contra si o facto de ter antecedentes criminais. O advogado foi condenado por corrupção enquanto inspetor da Polícia Judiciária de Setúbal e cumpriu pena na cadeia de Évora. Se o Ministério Público consiga provar que tentou forjar provas para baralhar a investigação, a pena que vier a ser aplicada pode vir a ser agravada.
Rosa Grilo foi condenada a 25 anos de cadeia pelo Tribunal de Loures e a pena foi confirmada pela Relação de Lisboa. A única esperança é agora o Supremo.
Por seu turno, António Joaquim foi absolvido pela primeira instância e condenado pela Relação. Pode ser absolvido ou condenado a 25 anos.