A queixa apresentada por um grupo de 16 enfermeiros contra a bastonária pelos seus comentários nas redes sociais foi arquivada.
De acordo com a rádio TSF, o Conselho Jurisdicional da Ordem dos Enfermeiros (OE) concluiu que os comentários de Ana Rita Cavaco nas redes sociais, que motivaram a participação disciplinar, são “uma opinião pessoal e subjetiva” e não um discurso difamatório.
Este Conselho Jurisdicional entendeu, por isso, que não está em causa qualquer infração, nem responsabilidade disciplinar, e a decisão foi aprovada por unanimidade, com 11 votos a favor.
Tal como recorda a rádio, um grupo de 16 enfermeiros decidiu avançar com uma queixa contra a bastonária, depois dos seus polémicos comentários nas redes sociais relativamente ao processo de vacinação contra a covid-19 em Portugal.
Manuel Lopes, enfermeiro e professor na Escola Superior de Enfermagem São João de Deus, da Universidade de Évora, foi primeiro subscritor da participação. Em declarações à TSF, disse que, apesar de se sentir “desiludido” com a decisão, “outra coisa não seria de esperar”.
“Sinto-me dececionado, porque efetivamente eu estava à espera que houvesse todo um processo e que fossemos ouvidos e tivéssemos a oportunidade de expressar e desenvolver um pouco os argumentos que usávamos. Nada disso aconteceu”, afirmou.
No início de fevereiro, recorde-se, Maria Augusta Sousa, antiga bastonária da Ordem dos Enfermeiros, chegou mesmo a assinar um artigo no jornal Público no qual pedia desculpas a todos aqueles a quem Ana Rita Cavaco “tem, de forma explícita, ofendido e vilipendiado”.
A 2 de fevereiro, por exemplo, a atual bastonária usou a sua página de Facebook para denunciar a vacinação antecipada da presidente da Câmara Municipal de Portimão, chamando-a de “gorda fura filas”.