O Governo ainda não tem soluções para resolver o problema dos trabalhadores da Groundforce, indicou o ministro das Infraestruturas e da Habitação numa reunião, esta segunda-feira, com os representantes dos colaboradores.
“O ministro informou-nos que não estava ali para discutir soluções, mas na condição de informar o que tinha acontecido no dia de hoje. Descobriu que a maioria das ações está penhorada num banco, mas que Alfredo Casimiro [principal acionista] não quis dizer qual e está protegido pelo sigilo bancário. E que outras ações estão numa entidade que não conhece. Está a tentar descobrir”, adiantou João Alves, da Comissão de Trabalhadores (CT) à agência Lusa.
“Se nem o Estado nem a TAP injetavam dinheiro sem uma garantia, hoje em dia já sabemos que não há ações para penhorar” e, por isso, nem o Estado nem a companhia aérea vão “investir nenhum dinheiro” na empresa de handling, disse.
“A empresa é viável, tem boa estrutura e o problema é conjuntural. Temos todas as condições de, numa situação normal, fazer a operação da empresa dar lucro e assim que haja uma retoma tem todas as condições para começar a faturar“, garantiu.
João Alves disse também que o governante “não está ainda em condições de poder avaliar as situações” porque não depende só dele. “Assim que tiver mais dados concretos diz que nos volta a contactar”, referiu.
Segundo fonte oficial do Ministério, as negociações, que já se arrastavam há vários dias, falharam, porque Alfredo Casimiro, dono da Pasogal, empresa que detém 50,1% da Groundforce, não pode entregar as ações como garantia para o empréstimo, uma vez que já se encontram penhoradas.
Em causa estão as negociações para um adiantamento de 2,05 milhões de euros para pagamento de salários em atraso, relativos a fevereiro, que seria feito pela TAP à Groundforce, em que as ações da Pasogal seriam dadas como garantia.
“O nosso receio é esse, é em vez de estarmos a lutar pelo salário já estarmos a lutar pelo posto de trabalho”, afirmou João Alves.
De acordo com o jornal online ECO, a TAP está a tentar perceber quais as condições destes penhores. Parte diz respeito à banca, que não deverá ter interesse em gerir a participação, mas há um outro penhor.
A companhia aérea e o Governo podem tentar retomar a mesma solução, mas com o detentor desse penhor. Caso isso não seja possível, a insolvência da empresa é uma possibilidade, mas obrigaria a TAP a arranjar um plano B quando começar a retoma da atividade, à partida nos meses de verão.
A nacionalização é vista como último recurso, apesar de não estar excluída, adianta o mesmo jornal digital. Na conferência de imprensa na quinta-feira, Pedro Nuno Santos já tinha afirmado que o Executivo não tinha qualquer intenção de nacionalizar a Groundforce.
O ministro explicou ainda que Alfredo Casimiro tinha aceitado um penhor das ações relativas à sua participação para receber o adiantamento, mas exigiu – em caso de execução – manter o controlo da empresa.
ZAP // Lusa
Mas a gerência não usou o Layoff?
Alguém pode investigar porque existe essa falta de pagamento, se existe um mecanismo bem claro que o governo disponibilizou?
Espero bem que se esta empresa de tachos for nacionalizada, se aplique o mesmo critério a todas as empresas em dificuldades. Eu não quero mais um buraco para oportunistas e vigaristas enterrarem o meu dinheiro.
Querem ver que é mais um BES!?
Como qualquer empresa, não sendo bem gerida, vai à falência, ponto.
Neste caso, e noutros, então o governo teria de acudir a todas as empresas na mesma situação, era só o que faltava!!! O governo não é a “Santa Casa da Misericórdia”. Se esse fulano (Alfredo Casimiro – principal acionista) não quis dizer qual e está protegido pelo sigilo bancário, que a maioria das ações está penhorada num banco, e que outras ações estão numa entidade que não conhece, que se desenrasque … Se foi um mau gestor, que arque com as consequências. Não vamos ser nós a pagar a sua burrice.
Não se trata de burrice … bom também há burrices, mas a culpa não morre solteira de um só lado. Os sindicatos e as leis de proteção também tem culpas.
A groundforce vive praticamente só do serviço à aviação. Se durante quase um ano não existe aviação e as empresas no ramo não podem eliminar postos de trabalho, ficam com os mesmos gastos mas sem rendimentos. Situações extremas e excepcionais exigiam medidas em colaboração.
A falta de colaboração pelos sindicatos e a burrice na gestão … levaram a isto.
O melhor mesmo é a insolvência, tudo para o desemprego, assim podem ficar em casa resguardados do vírus.
No final o legado deste governo vai ser um país sem mortos por covid, mas milhares de mortos por fome. Uma taxa de natalidade baixa e uma sociedade em risco de sobrevivência.
Mais um artista… quer ajuda do Estado mas quer continuar a mandar!…
A tasca aqui da rua está em risco de insolvência. Aguarda-se a respectiva ajuda do Estado, obviamente a fundo perdido. Ninguém aqui quer ir à tasca da outra rua.