Uma equipa de arqueólogos identificou antigos assentamentos associados aos construtores dos túmulos megalíticos de Cujávia, na Polónia, também conhecidos como as “Pirâmides Polacas”.
Os túmulos de Cujávia são um aglomerado de túmulos alongados em forma de trapézio com 130 metros de comprimento e foram construídos durante o 4.º milénio a.C.
As Pirâmides Polacas eram estruturas megalíticas construídas na antiga Polónia, cavando o solo e empilhando grandes pedras no topo. Acredita-se que a sua construção obrigou ao trabalho de centenas de operários.
Os investigadores recorreram a um conjunto de técnicas não invasivas para descobrir casas individuais e redes de assentamentos na região, escreve o HeritageDaily.
“Tudo isto permitiu-nos indicar com certeza os lugares onde viviam as pessoas na época em que foram erguidos os túmulos megalíticos. As aldeias eram pequenas – até 10 famílias viviam em cada uma delas e cobriam uma área de 1-1,5 hectares“, explicou Piotr Papiernik, do Museu Arqueológico e Etnográfico em Łódź, na Polónia.
Os arqueólogos sugerem que a localização dos assentamentos está relacionada com os túmulos, já que os habitantes das várias aldeias terão estado envolvidos na construção de cada monumento.
Escavações permitiram encontrar muitos ossos de vacas, porcos, ovelhas e cabras, dando a ideia de que as aldeias se concentravam na pecuária e não na agricultura como meio de subsistência. Um estudo de amostras de pólen recolhidas em antigos leitos de lagos também revelaram um baixo nível de desflorestação para a agricultura.
O próximo passo da equipa de investigadores liderada por Piotr Papiernik é localizar os cemitérios onde era enterrada a elite das aldeias.