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Lacerda Machado e Esmeralda Dourado demitem-se da TAP

Tiago Petinga / Lusa

Diogo Lacerda Machado, Esmeralda Dourado e Trey Urbahn demitiram-se, no início desta semana, do Conselho de Administração da TAP.

A notícia foi inicialmente avançada pelo jornal online ECO, esta quarta-feira, que, além de Diogo Lacerda Machado, referiu a demissão de Esmeralda Dourado nas mesmas circunstâncias, citando duas fontes da TAP, que ainda não confirmou as saídas.

Entretanto, o jornal Público avançou que Trey Urbahn também está de saída. Este gestor era o último dos administradores com antigas ligações ao ex-acionista brasilo-americano David Neeleman.

As cartas de rescisão foram entregues no início desta semana e têm efeitos a partir do final do mês de abril. Lacerda Machado já confirmou a sua saída à agência Lusa e, em declarações ao Público, afirmou que “era tempo de sair”.

O ECO lembra que o atual mandato da administração terminou em dezembro do ano passado e que o processo de reestruturação está a atrasar a realização da assembleia-geral, que ainda não tem data. Terá sido essa uma das razões que levou à demissão destes administradores.

Ao Público, fonte oficial do Ministério das Infraestruturas disse apenas que os gestores em causa “renunciam aos cargos ao abrigo do código das sociedades comerciais” e que “o seu mandato terminou em dezembro”.

Segundo o mesmo jornal online, o novo CEO da transportadora portuguesa já está escolhido, sendo de nacionalidade alemã, mas só entra em funções depois de o plano de reestruturação ser aprovado pela Comissão Europeia. De acordo com a SIC Notícias, o seu nome vai ser anunciado em breve, em conjunto com toda a nova equipa de gestão.

O jornal online Observador adianta que será Albrecht Binderberger, ex-CEO da Saudi Arabian Airlines, que tem uma vasta experiência na área da aviação.

O canal televisivo acrescenta que na equipa de administradores executivos deverá também ficar o atual presidente executivo, Ramiro Sequeira, como vogal. Já a continuação do atual presidente Miguel Frasquilho não está ainda garantida.

Diogo Lacerda Machado liderou o processo de reversão da privatização da TAP, iniciado em dezembro de 2015 e terminado em 2017, que culminou com o Estado a deter 50% do capital social da empresa, o consórcio Atlantic Gateway, de Neeleman e Humberto Pedrosa, 45%, e os trabalhadores os restantes 5%.

Antes da saída destes três gestores, já outra administradora, Ana Pinho Macedo Silva, tinha saído da transportadora portuguesa no final do ano passado, lembra o matutino.

ZAP // Lusa

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