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Chovem eletrões. Descoberto furacão de plasma espacial acima do Polo Norte

Uma equipa de cientistas, liderados pela Universidade Shandong, na China, identificou um furacão espacial acima do Polo Norte.

Os investigadores usaram dados de satélite para identificar o furacão espacial acima do Polo Norte e revelaram que não se tratava de um redemoinho de ar, mas sim de plasma, ou seja, um gás ionizado.

Os astrofísicos já haviam detetado furacões espaciais nas baixas atmosferas de Júpiter, Marte, Saturno e no Sol, mas duvidavam que um evento como este pudesse acontecer na alta atmosfera da Terra. Os resultados desta descoberta foram publicados dia 22 de fevereiro na Nature Communications.

De acordo com a Sky News, a massa de 965 quilómetros de largura despejou eletrões, em vez de água, e desfez-se oito horas depois de se ter formado. O investigador Mike Lockwood salientou a importância da descoberta, destacando que provar a existência de furacões de plasma espacial “com uma observação tão marcante é incrível”.

“As tempestades tropicais estão associadas a grandes quantidades de energia, e estes furacões espaciais devem ter sido criados por uma transferência extraordinariamente grande e rápida de energia eólica solar e partículas carregadas para a atmosfera superior da Terra”, explicou.

“Plasma e campos magnéticos na atmosfera dos planetas existem em todo o Universo, pelo que as nossas descobertas sugerem que os furacões espaciais devem ser um fenómeno generalizado”, rematou o cientista.

Este furacão espacial, que ocorreu durante um período de baixa atividade geomagnética, partilha muitas características com os furacões na baixa atmosfera da Terra – um centro silencioso, braços espirais e ampla circulação.

A equipa estima que estes eventos provoquem efeitos secundários, como perturbações nas comunicações de rádio de alta frequência e erros mais frequentes em radares, navegação por satélite e sistemas de comunicação.

Liliana Malainho, ZAP //

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