O primeiro-ministro da Arménia referiu-se hoje a “tentativa de golpe de Estado” depois de o Estado Maior ter pedido o afastamento do governo num contexto de protestos por causa da derrota no último conflito com o Azerbaijão no Nagorno-Karabakh.
O Estado-Maior difundiu um comunicado em que pede a demissão do primeiro-ministro, Nikol Pashinyan, e assinado pelas altas patentes militares da Arménia.
A posição dos militares foi desencadeada depois da demissão do vice-chefe do Estado-Maior, pelo primeiro-ministro, no princípio do mês de fevereiro.
Pashinyan considerou “tentativa de golpe de Estado” o comunicado dos militares e pediu o afastamento do oficial mais graduado.
Os desenvolvimentos ocorrem depois de manifestações durante o último fim de semana em que foi exigida a demissão do chefe do Executivo.
Os protestos contra Pashinyan começaram em novembro de 2020 depois do acordo de cessar-fogo com o Azerbaijão em que a Arménia foi obrigada a ceder territórios na província do Nagorno-Karabakh.
O acordo pôs fim a seis semanas de guerra entre os separatistas do Nagorno-Karabakh em que morreram milhares de pessoas.
O contencioso entre a Arménia e o Azerbaijão sobre o território separatista prolonga-se desde o início dos anos 1990.
// Lusa