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Maionese está a salvar tartarugas após derrame de petróleo em Israel

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Motti Horesh / Flickr

Ambientalistas israelitas usam maionese para limpar alcatrão de tartarugas atingidas por desastre ecológico

Membros do Centro Nacional de Resgate de Tartarugas Marinhas de Israel estão a usar maionese para limpar as vias respiratórias de tartarugas que inalaram petróleo em alto-mar.

Israel fechou este domingo as praias mediterrânicas dias após um derrame de petróleo em alto-mar ter depositado toneladas de alcatrão ao longo de 160 quilómetros de costa, considerando as autoridades ser um dos piores desastres ecológicos no país.

A causa do derrame continua por determinar e está a ser investigada por especialistas ambientais israelitas. No sábado, voluntários rumaram às praias para ajudar a apanhar o alcatrão e vários tiveram de ser hospitalizados após inalarem gases tóxicos.

A vida animal também está a ser comprometida com este desastre ecológico. Uma jovem baleia-comum, que apareceu morta numa praia no sul de Israel, morreu por ingestão do líquido preto viscoso.

Enquanto isso, outros animais, como as tartarugas, estão em risco.

Uma equipa de resgate israelita descobriu que a maionese poderá ser a solução milagrosa para salvar a vida destas criaturas. Os funcionários do Centro Nacional de Resgate de Tartarugas Marinhas de Israel, que têm 11 tartarugas a seu cargo, têm conseguido remover o petróleo das vias respiratórias com recurso à maionese.

“Continuamos a alimentá-los com substâncias como maionese, que praticamente limpam o sistema e eliminam o alcatrão“, explicou Guy Ivgy, um assistente médico do Centro de Resgate, citado pela Associated Press.

O processo de recuperação deve levar uma ou duas semanas, após o qual as tartarugas devem ser soltas de volta à natureza.

A Ministra da Proteção Ambiental, Gila Gamliel, estimou à comunicação social hebraica que a limpeza das praias custará dezenas de milhões de shekels (moeda israelita).

Em 2014, um derrame de crude no deserto de Arava causou grandes danos a um dos mais delicados ecossistemas do país.

Daniel Costa, ZAP // Lusa

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