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Farense 0-0 Benfica | Águia sem “tekirize” na hora de decidir

E o pesadelo “encarnado” continua. Na visita deste domingo ao Estádio São Luís, em Faro, o Benfica não conseguiu mais do que um empate a zero diante do Farense.

Com este resultado, e decorridas que estão 20 jornadas do campeonato, as “águias” já se encontram a 15 pontos do líder e rival Sporting. E até a luta por uma vaga na Liga dos Campeões começa a ficar mais longe. Será impossível estar “tekirise?”.

Por sua vez, os algarvios somam três jogos consecutivos sem perder (uma vitória e dois empates) e pela primeira vez na competição na sofreram nenhum golo.

O jogo explicado em números

  • Nos algarvios, e em relação ao empate em Guimarães (2-2), Bura, Fábio Nunes e Licá foram titulares, ao passo que Alex Pinto (castigado), Abner Filipe e Mansilla (ambos por opção) foram as principais ausências. Realce ainda para Tomás Tavares que, por pertencer aos quadros do Benfica, não foi opção.
  • Mais mudanças promovidas por Jorge Jesus, as “águias” voltaram aos 1x4x4x2 e ainda relativamente ao embate em Roma diante do Arsenal (1-1) saíram da equipa Diogo Gonçalves, Lucas Veríssimo, Grimaldo, Weigl (a cumprir suspensão), Pizzi e Luca Waldschmidt e entraram Gilberto, Nuno Tavares, Gabriel, Rafa, Everton e Seferovic.
  • Ao minuto oito, no primeiro remate do encontro, Darwin Núñez ficou a centímetros de abrir a contagem. Na resposta, cinco minutos volvidos, Lucca isolou Pedro Henrique que, no frente-a-frente com Helton Leite, viu o guarda-redes tapar-lhe o caminho do 1-0. E aos 19, Defendi fez jus ao apelido e travou um disparo de Everton. Além destas situações de perigo, o encontro decorria a um bom ritmo, com um ligeiro ascendente para os algarvios.
  • Num ataque bem desenhado, Nuno Tavares centrou com precisão e Darwin, na zona do primeiro poste, não conseguiu encontrar o caminho do golo e, pouco depois, o uruguaio voltou a arriscar, mas novamente falhou o alvo. Os forasteiros já acumulavam seis tentativas (apenas uma enquadrada) de visar o alvo, face aos dois remates dos anfitriões.
  • Com a passagem dos minutos, o ascendente “encarnado” foi-se fazendo sentir, não obstante isso, o Farense ia conseguindo aguentar a pressão e espreitava o contra-ataque sempre que conseguia.
  • Everton era quem se destacava nos ratings, com 6.7. O extremo amealhava um remate enquadrado, dois passes para finalização, dois passes valiosos, 21 acções com o esférico e foi eficaz nos dois dribles que realizou.
  • O Benfica atacava, atacava (oito remates e 68% de posse), mas quem quase marcava era o Farense. Num contragolpe, Lucca encontrou Licá, que ainda colocou a bola dentro da baliza, mas após aviso do VAR, o árbitro Hugo Miguel anulou o lance por fora-de-jogo do avançado português, que estava adiantado 15 cm Até ao apito final, Everton e Ryan Gauld ficaram a pouca distãncia do golo.

Luís Forra / Lusa

  • Ao intervalo, duelo movimentado e com diversas ocasiões de perigo para ambos os lados.
  • O Benfica tentava construir e o Farense disparava em jogadas velozes, a verdade é que ora por ineficácia dos homens mais adiantados, ora por mérito dos guarda-redes, houve um empate a zero ao cabo dos primeiros 47 minutos.
  • Everton foi o melhor jogador nesta fase. O internacional brasileiro apareceu mais em cena, comparativamente às últimas exibições que rubricou, e esse protagonismo fez-se ver nos dois remates que fez, dois passes para finalização, cinco passes valiosos, sete passes progressivos verticais e em 35 acções com a bola. Por tudo isto teve um GoalPoint Rating de 6.2.
  • Em cima da hora de jogo, Rafa voltou a claudicar na cara do golo e permitiu mais uma intervenção de Defendi. Aos 70 minutos, Pizzi, que tinha entrado minutos antes para o lugar de Gabriel, atirou ao poste e, aos 73, Seferovic não logrou acertar na baliza. Dos 14 remates benfiquistas, apenas dois foram enquadrados. Já os anfitriões tinham cinco tentativas (uma foi ao alvo).
  • Gauld, sempre esclarecido, levou perigo à baliza contrária perto dos 77 minutos, quando rematou com força e viu Helton Leite, com a ponta dos dedos, defender para canto. Foi o segundo remate do escocês no encontro. E volvidos poucos instantes, numa sucessão de vários lances, o Farense voltou a dar sinais de vida em termos ofensivos.
  • Já são cinco os encontros fora de portas na Liga NOS em que a equipa de Jorge Jesus não sabe o que é ganhar, em que voltou a pecar nos momentos de definição e este foi o terceiro empate consecutivo. Já os algarvios não vencem no seu reduto há quatro partidas de rajada, mas somaram um importante ponto na luta pela permanência.

O melhor em campo GoalPoint

Novamente titular, Helton Leite parece estar a levar a melhor na luta com Vlachodimos por uma vaga na baliza. Esta noite, o antigo guardião do Boavista gritou presente sempre que foi chamado à acção.

Dos seus dados, de realçar as três defesas que carimbou, duas das quais em remates de fora da área, e três saídas da baliza pelo solo eficazes. A rever as três perdas da posse e um mau controlo de bola. Helton registou um GoalPoint Rating de 6.8.

Jogadores em foco

  • Taarabt 6.4 – Inconformado, o marroquino voltou a ser dos elementos mais em foco do Benfica. Tentou pegar no jogo e, mesmo com as habituais más decisões – três passes de risco falhados e 17 perdas da posse -, nunca se escondeu. Foi responsável por um remate, dois cruzamentos, 86 acções com o esférico (máximo no encontro a par de Rafa), dez recuperações e três desarmes.
  • Amine 6.4 – À imagem da equipa, não deu um lance por perdido e foi um pêndulo importante no equilíbrio que deu aos algarvios. O médio destacou-se com as sete recuperações realizadas e cinco intercepções (número mais elevado na partida).
  • Otamendi 6.3 – Decorria o minuto 66 quando o argentino fez um corte crucial sobre Madi Queta, que já se preparava para cruzar com três jogadores do Farense na área à espera. Foi a acção mais importante do central, que voltou a demonstrar que atravessa um bom momento, como se comprova com os seis passes longos que acertou em dez, os 14 passes progressivos correctos, vencendo, também, os quatro duelos aéreos defensivos em que interveio e os seis alívios que fez.
  • Everton 6.2 – Não fosse o tempo que perde em adornar os lances e até poderia ter tido uma nota mais alta – 14 perdas da posse e três maus controlos. Mesmo assim, surgiu mais “solto” e participou mais nas acções da equipa (dois remates, seis passes valiosos, três dribles certos em quatro tentados).
  • Rafael Defendi 5.9 – Concentrado e de amplos reflexos, o experiente guardião foi peça-chave neste nulo dos algarvios, as duas defesas, ambas de elevado grau de dificuldade, foram disso exemplo.
  • Darwin Núñez 5.5 – Saiu frustrado do terreno do jogo, em mais uma partida que não lhe saiu de feição. Sempre disponível, acaba por dispensar energia em constantes saídas da área e quando tem de decidir com um passe ou remate, falha constantemente por falta de discernimento. Ao todo foram três tentativas de visar o alvo, sendo que todas saíram desenquadradas, e sete passes falhados em 18 feitos.

Resumo

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