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Palestina acusa Israel de impedir entrada de vacinas na Faixa de Gaza

Rusty Stewart / Flickr

A Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) acusou Israel, esta segunda-feira, de estar a impedir a entrada de duas mil doses da vacina russa Sputnik V na Faixa de Gaza.

Segundo a Autoridade Nacional Palestiniana, citada pela agência Associated Press (AP), a vacina russa contra a covid-19 estava destinada aos profissionais de saúde que trabalham na linha de frente do combate ao novo coronavírus.

As doses foram adquiridas pela ANP e o plano era dividir o imunizante com a Faixa de Gaza, que está sob o comando do grupo Hamas, onde vivem cerca de dois milhões de pessoas.

De acordo com a AP, a ministra da Saúde palestiniana, Mai al-Kaila, afirmou que as autoridades israelitas “têm toda a responsabilidade” pelo bloqueio da entrada das duas mil doses neste território.

“As autoridades da ocupação impediram a entrada“, disse a ministra palestiniana, num comunicado citado pelo jornal online Observador, acrescentando que “as doses eram destinadas a médicos que trabalham nas unidades de cuidados intensivos alocados aos pacientes com covid-19, bem como para os trabalhadores dos departamentos de emergência”.

Em declarações à agência noticiosa, fonte do aparelho de segurança israelita, que pediu para manter o anonimato, disse que as vacinas não foram bloqueadas, mas sim que o pedido das autoridades palestinianas para libertar as doses da Sputnik V para Gaza “ainda estava a ser avaliado“.

Entretanto, legisladores israelitas declararam que as doses da vacina russa só deveriam ser libertadas em troca da libertação de dois israelitas e da entrega dos restos mortais de dois soldados detidos pelo Hamas.

A Faixa de Gaza, que já registou mais de 53 mil casos de covid-19 e 537 mortes associadas à doença, ainda não recebeu nenhuma vacina. Isto numa altura em que Israel carrega o título de país do mundo com um maior número de população vacinada.

No final de janeiro, e depois da pressão internacional, Israel decidiu entregar cinco mil doses de vacinas contra a covid-19 à Autoridade Nacional da Palestina.

ZAP //

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