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O novo museu de Cannes conta com rostos de até dez toneladas (e mora no fundo do mar)

(dr) Jason deCaires Taylor

Museu Subaquático de Cannes

Qualquer nadador que se aventure a mergulhar ao largo da costa de Cannes, em França, pode pensar que tropeçou numa civilização ao estilo da da Ilha de Páscoa. Na verdade, se acontecesse, estaria apenas a visitar a obra do artista subaquático Jason deCaires Taylor.

O projeto de Jason deCaires Taylor consiste em seis grandes esculturas, em forma de cabeça, e está agora aberto a quem quiser nadar para as visitar. Segundo o New Atlas, localiza-se na costa da Ilha de Île Sainte-Marguerite e, apesar do nome de Museu Subaquático de Cannes, a obra baseia-se num pequeno parque de esculturas submerso.

As seis grandes cabeças, esculpidas pelo artista, pesam, pelo menos, dez toneladas cada e medem mais de 2 metros de altura. As obras moram no fundo do mar, a uma profundidade de até 3 metros.

As esculturas parecem estar a usar máscaras, mas, surpreendentemente, nada tem a ver com a pandemia de covid-19. Taylor esclareceu que é uma menção ao Homem da Máscara de Ferro, que, supostamente, foi preso nas proximidades. Além disso, os rostos foram cuidadosamente modelados e inspirados nos dos habitantes locais.

“As seis obras são baseadas em retratos de membros locais da comunidade, e cobrem uma variedade de idades e profissões”, explicou o artista. “Cada rosto é significativamente aumentado e seccionado em duas partes, sendo que a parte externa lembra uma máscara. O tema remete à história da Île Sainte Marguerite, conhecida como o local onde o Homem da Máscara de Ferro esteve preso. Cannes, pelo seu famoso festival anual de cinema, é bem conhecido pela sua relação com as artes performáticas.

O projeto foi encomendado pelo autarca de Cannes e demorou quatro anos até estar completamente concluído. A área escolhida para o Museu Subaquático de Cannes foi previamente destruída por uma antiga infraestrutura marinha.

Agora, o local está totalmente livre de embarcações para que os mergulhadores possam nadar entre as esculturas com segurança.

Liliana Malainho, ZAP //

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