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Ainda com médicos da linha da frente por vacinar, há informáticos já vacinados

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Giuseppe Lami / EPA

Enquanto em alguns hospitais quase todos os profissionais de saúde e até outros funcionários foram vacinados, ainda há hospitais em que médicos na linha da frente não foram vacinados.

A vacinação contra a covid-19 nos hospitais é pautada por algumas desigualdades. Há hospitais em que quase todos os profissionais de saúde e até outros funcionários não prioritários foram vacinados, enquanto noutros ainda há médicos da linha da frente por vacinar.

A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) já enviou para o novo coordenador do Plano de Vacinação, o vice-almirante Gouveia e Melo, uma lista com 1.037 médicos prioritários da região ainda por vacinar.

“Há uma diferença na distribuição das vacinas no processo dos hospitais. Não se percebem os critérios”, diz o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Alexandre Lourenço, citado pelo Público. “Não sei se é culpa dos hospitais, se das Administrações Regionais de Saúde, se do Ministério da Saúde”.

O Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, por exemplo, já vacinou informáticos e até pessoal administrativo. Isabel Vaz, a administradora do grupo Luz Saúde, ao qual pertence o hospital, diz que se conseguiu vacinar mais pessoas porque se extraiu seis doses de vacina de muitos dos frascos.

“A interpretação do grupo é que todas as pessoas de um hospital são críticas para o seu funcionamento e, por isso, devem ser todas vacinadas”, salientou Isabel Vaz.

O hospital garante que de cada vez que recebeu vacinas, seguiu sempre as listas pelas prioridades e acabou por chegar aos não prioritários. O mesmo aconteceu no Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT). Numa nota publicado no seu site, o CHMT salienta que incluiu no plano de vacinação de profissionais “canalizadores, eletricistas, informáticos, gestão de acesso/tramitação de doentes e gestão de recursos humanos entre outros”.

Daniel Costa, ZAP //

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8 Comments

  1. Em Portugal gosta-se de arranjar polémicas onde elas não existem. Se os sistemas informáticos num hospital param, o hospital para. É óbvio que se tem que vacinar informáticos, e todo o restante pessoal necessário para manter um hospital a funcionar. Caso contrário, temos médicos e enfermeiros sentados sem poder trabalhar.

  2. Só não percebo como não há vacinas para toda a gente nos hospitais. É que sem a retaguarda administrativa os médicos e enfermeiros não fazem lá nada.
    Não sei o que esse indivíduo são “tásk force” andou lá a fazer.
    É tão competente!

  3. Tremendo egoísmo sobre as vacinas, parece que toda a gente se anda a espiar e a denunciar mutuamente. E a comunicação social vai atiçando a fogueira, esquecendo que afinal todos os que quiserem irão mais tarde ou mais cedo levar a sua dose da vacina.
    Contra a fraude sim, mas também contra o desperdício e a falta de senso

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