O presidente do Chega, André Ventura, mostrou-se esta sexta-feira satisfeito por, nos Açores, não haver “nem cordões sanitários nem diabolização mútua” entre o seu partido e o PSD, que lidera a região.
À saída de um encontro com o presidente do executivo regional e líder do PSD nos Açores, José Manuel Bolieiro, André Ventura valorizou a “conversa agradável e aprofundada” tida com o social-democrata e reconheceu ter ficado “muito satisfeito” por ouvir de Bolieiro uma posição diferente da de Rui Rio no relacionamento com o Chega.
“É uma solução que me deixa satisfeito para o futuro e me dá garantias de estabilidade”, disse ainda Ventura, abordando o executivo açoriano, composto por PSD, CDS e PPM e viabilizado no parlamento da região por acordos com o Chega e a Iniciativa Liberal.
Na quinta-feira, aos jornalistas, o presidente do Chega havia reiterado lamentos pela posição nacional de PSD e CDS no que refere às autárquicas, acrescentando “nunca” ter visto algo como o entendimento entre os líderes de sociais-democratas e centristas, assente num único “objetivo”, a exclusão do Chega de conversações sobre as próximas eleições para as autarquias, juntas e assembleias municipais.
Por sua vez, o presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, defendeu existirem condições para o “entendimento frutuoso” que levou à formação do executivo se manter, mas alertou para as “tentativas” de o denegrir, que devem ser combatidas.
“Há todas as condições para, com honra e sentido de responsabilidade e empenho, garantirmos este entendimento frutuoso. (…) Temos de ser resilientes às tentativas de denegrir este acordo”, considerou José Manuel Bolieiro.
O PS perdeu em outubro, nas legislativas regionais, a maioria absoluta que detinha há 20 anos nos Açores, elegendo 25 deputados.
PSD, CDS-PP e PPM, que juntos representam 26 deputados, assinaram um acordo de governação.
A coligação assinou ainda um acordo de incidência parlamentar com o Chega e com o Iniciativa Liberal, somando assim o número suficiente de deputados para atingir uma maioria absoluta (29).
Ana Moura, ZAP // Lusa
E porque não exigir a independência dos Açores?
Agora já pode andar em bicos de pés.
Parabéns governo dos Açores. Agora, a melhor prova que podem dar aos Açorianos, é governar bem. Acabar com a corrupção, pelo menos naquela região.