O orçamento anual da Agência Espacial Japonesa (JAXA) para 2021 mais que quadruplicou comparativamente com o valor alocado este ano, passando de 120 para 500 milhões de dólares.
Os valores são apresentados esta semana pelo portal de Ciência IFL Science, que dá conta que o sucesso da Haybausa2, a missão não tripulada que recolheu amostras do asteróide Ryugu e as devolveu à Terra, está entre os principais destaques de 2020 da agência.
Os cientistas, que tiveram acesso às amostras no início de dezembro, confessaram que ficaram surpreendidos com a quantidade e qualidade das amostras recolhidas.
“Quando realmente abrimos [a cápsula], fiquei sem palavras. Foi mais do que esperávamos e eram tantas coisas que fiquei realmente impressionado. Não eram apenas partículas finas como pó, mas havia também muitas amostras com vários milímetros de diâmetro”, disse Hirotaka Sawada, cientista da JAXA, ao jornal britânico The Guardian.
Os cientistas esperam que as amostras recolhidas lhes permitam investigar e melhor entender a origem do Sistema Solar. A sonda Hayabusa2 prosseguiu a sua viagem após enviar as amostras, rumando a outro asteróide, batizado de 1998KY26.
Em outubro, o Japão assinou um entendimento – o Artemis Accords – juntamente com Austrália, Canadá, Itália, Japão, Luxeburgo, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Estados Unidos para o regresso do Homem à Lua como parte do Programa Artemis da agência espacial norte-americana (NASA).
Espera-se que a agência espacial japonesa desempenhe um papel importante no programa, especialmente numa das missões tripuladas. Contudo, para já, só foi anunciado o envolvimento de uma equipa norte-americana.
Recorrendo à rede social Twitter, o administrador da NASA, Jim Bridenstine, saudou o forte reforço no orçamento da JAXA, frisando a colaboração contínua entre as duas agências.