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Hubble capta um dos maiores Anéis de Einstein alguma vez visto (e está a “derreter”)

Hubble / NASA / ESA

O telescópio espacial Hubble da agência espacial norte-americana (NASA) e da Agência Espacial Europeia (ESA) capturou um dos maiores e mais completos Anéis de Einstein já descobertos no cosmos.

O telescópio espacial Hubble captou um efeito de lente gravitacional que é um exemplo quase perfeito de um Anel de Einstein. A imagem deste, denominado GAL-CLUS-022058s e conhecido como “Anel Derretido”, foi divulgada a 14 de dezembro.

Esta ideia veio parcialmente da aparência física do objeto, que se parece com um anel de metal fundido. Porém, também veio da localização do próprio objeto, de acordo com um comunicado da NASA.

Localizada na constelação meridional de Fornax (a Fornalha), a imagem representa uma galáxia extremamente distante, cuja luz é desviada por um aglomerado de galáxias muito mais próximo.

O nome “Anel de Einstein” deve-se à teoria geral da relatividade do físico alemão, graças à qual a forma incomum desses objetos astronómicos pode ser explicada por um processo denominado lente gravitacional.

Embora os objetos estejam frequentemente muito distantes, os astrónomos conseguem detetá-los através de lentes gravitacionais, um fenómeno que atua como a lupa da natureza.

O campo gravitacional da galáxia mais próxima distorce o espaço, curvando e amplificando a luz do objeto ao fundo. Se o alinhamento estiver correto, isso cria um círculo de luz chamado anel de Einstein, previsto por Albert Einstein em 1936.

As lentes gravitacionais farão com que várias imagens do objeto de plano de fundo apareçam ao redor do objeto de primeiro plano. Uma das vantagens deste efeito é que permite aos cientistas estudar melhor uma galáxia mais distante que, de outra forma, poderia ser completamente invisível.

Embora este não seja o único exemplo conhecido do fenómeno, é “estranho e muito raro” e ainda um dos mais impressionantes. Objetos como estes são os laboratórios ideais para estudar galáxias que geralmente estão muito distantes para serem vistas sem lentes gravitacionais.

Maria Campos, ZAP //

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