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Milhares saíram à rua em manifestação da CGTP

José Goulão / Wikimedia

foto: José Goulão / wikimedia

foto: José Goulão / wikimedia

Milhares de pessoas juntaram-se hoje à manifestação da CGTP em Lisboa e no Porto, contra as medidas de austeridade. A proibição de percorrer a Ponte 25 de Abril a pé não demoveu os manifestantes. À hora de almoço já muitos autocarros se concentravam em Almada, prontos para a uma travessia de protesto.

Mais de uma centena de pessoas concentraram-se junto ao porto de Lisboa, onde um cordão policial protege as instalações.

Os manifestantes, alguns dos quais vestidos de preto, com coletes cor de laranja e lenços a tapar a cara e o nariz, deslocaram-se da Rua de Cascais, após o protesto da CGTP em Lisboa, ao som de tambores, rumo às instalações do porto de Lisboa.

No final da manifestação da CGTP, um grupo de cerca de 100 pessoas, algumas das quais com lenços a tapar a cara, dirigiram-se em marcha para o porto de Lisboa.

No início do movimento de contestação, era visível um grupo de pessoas a tocar tambores e um cartaz onde se lê “Para o Porto para tudo”.

Ao longo do percurso, alguns dos elementos que rufavam os tambores fizeram coreografias e ao som de palavras de ordem como “Nem troika, nem patrão, nem Governo. Auto-gestão”.

A Lusa tentou contactar com alguns dos elementos que se escusaram a prestar declarações.

Sem se identificar, um dos manifestantes disse à Lusa que não pertencem a nenhum movimento nem a sindicatos e que o objetivo da contestação é bloquear o terminal do porto de Lisboa.

Hoje, milhares de pessoas juntaram-se em Alcântara, numa jornada de luta convocada pela confederação de sindicatos.

No discurso em Alcântara, o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, anunciou uma ação de protesto contra o Orçamento de Estado, a realizar no dia 01 de novembro junto da Assembleia da República, em Lisboa.

 

Protesto junta centenas no Porto contra as “malfeitorias” do Governo

A manifestação da CGTP no Porto encheu também a Ponte do Infante onde desde as 15 horas centenas de pessoas marcham em protesto contra as “malfeitorias” que “eles” andam a fazer ao país e pedem a demissão do Governo.

À hora marcada para o início do protesto os acessos à ponte, que foram cortados pela PSP, estavam já cheios de populares e coloridos pelas bandeiras da CGTP mas também por cartazes e bandeiras afetas a forças políticas como o Bloco de Esquerda e ao movimento anarquista.

“A luta continua, Governo para a rua”, podia ouvir-se ainda na Ponte do Infante.

 

CGTP anuncia protesto contra OE a 01 de novembro junto ao Parlamento

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, anunciou hoje uma ação de protesto contra o Orçamento de Estado, a realizar no dia 01 de novembro junto da Assembleia da República, em Lisboa.

“No próximo dia 01 de novembro, dia feriado que nos foi roubado e que coincide coma primeira votação na generalidade do Orçamento de Estado, lá estaremos, de novo, na Assembleia da República, às 10:00 horas, para rejeitar a proposta de Orçamento, para exigir a demissão do Governo e a realização de eleições quanto antes”, disse Arménio Carlos aos manifestantes concentrados em Alcântara, em Lisboa.

O sindicalista afirmou aos milhares de pessoas que participaram no protesto, que hoje no Porto e em Lisboa, foi feita “uma das lutas mais intensas, vibrantes e determinadas do movimento sindical e dos trabalhadores portugueses”.

 

ZAP/Lusa

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