Em situações em que as pessoas se perdem na floresta, o tempo é essencial para resgatá-las, pois quanto mais tempo ficam perdidas mais perigosa a situação se torna. Mas será que existem todas as ferramentas essenciais para organizar operações de busca e resgate de maneira eficiente e rápida? Em breve, sim.
Normalmente a maioria das operações de busca e resgate na floresta são feitas com helicópteros. Os pilotos sobrevoam as áreas onde as pessoas perdidas podem estar e procuram por estas com a ajuda de câmaras de imagem térmicas.
O objetivo dessas câmaras é destacar as diferenças de temperatura corporal, permitindo que a equipa de resgate faça a distinção entre as pessoas e o ambiente. No entanto, os dispositivos às vezes não funcionam da forma como seria desejável, especialmente quando está calor e as árvores da floresta também apresentam temperaturas elevadas.
Os investigadores levaram estas dificuldades em consideração e decidiram criar drones capazes de reconhecer humanos mesmo quando estes estão perdidos na floresta. A equipa conseguiu criar este dispositivo através do uso de uma aplicação com inteligência artificial que melhora as imagens que são recolhidas pelos drones.
“No futuro, o resgate de pessoas perdidas, doentes ou feridas será cada vez mais fácil com a ajuda destes drones autónomos. No entanto, encontrar humanos em terrenos densamente florestados é desafiador”, revela a equipa de investigadores.
Ainda assim, revelam que a “deteção automatizada de pessoas pode ser melhorada notavelmente combinando imagens de múltiplas perspetivas antes da classificação”, escreveram os especialistas no seu estudo publicado na Nature Machine Intelligence.
“O drone conta com a integração de imagem por corte ótico aerotransportado – uma técnica de imagem de abertura sintética que usa drones de câmara para capturar campos de luz térmica não estruturados. Isto permite uma precisão de 96% e 93%”. Segundo o Interesting Engineering este é um marco impressionante em comparação com os 25% alcançados pela imagem térmica tradicional.
O melhor de tudo é que a equipa de investigadores afirma que o dispositivo já está pronto para uso e que em breve passará a entrar em ação.