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Família Real descontente com nova temporada de “The Crown”. Representação é “maliciosa” e “exagerada”

A quarta temporada da série “The Crown” já está disponível na Netflix, mas parece que há quem não esteja satisfeito com isso. Entre política, intrigas e paixões, os novos episódios já contam com inúmeras críticas.

A serie é uma das mais vistas vistas de sempre na Netflix e acabou de estrear a sua quarta temporada no passado domingo, dia 15 de novembro. Ao longos das temporadas a série tem retratado vários momentos do longo do reinado de Isabel II, desde a 2º Guerra Mundial estendo-se até aos anos 80.

A nova temporada é talvez a mais ansiada pela público, pois traz personagens novas e que tiveram um grande peso junto da Monarquia e na história do Reino Unido. Falamos do aparecimento da princesa Diana e da emblemática primeira-ministra Margaret Tatcher.

Porém, nem há uma semana estreou, mas a quarta temporada da série sobre a realeza já está a causar alguma controvérsia, sobretudo entre os membros da própria monarquia britânica.

O Príncipe Carlos já se terá demonstrado descontente com a forma como os factos da sua vida estão a ser apresentados na série. Como avança a Sábado, uma fonte próxima da família garantiu que o primogénito da Rainha Isabel II está “furioso” e acusa os guionistas de explorarem a família em nome do dinheiro, apresentando uma visão turba da realidade.

O príncipe de Gales, interpretado pelo ator Josh O’Connor, é apresentado como um homem frio e egoísta que trata com algum desprezo a sua esposa, a princesa Diana. A série dá também grande foco à relação amorosa que Carlos mantinha com a sua paixão de longa data, Camilla Parker Bowles, mesmo depois de ambos serem casados com outras pessoas.

A nova temporada retrata o assassinato de Lord Mountbatten em 1979, tio-avô de Carlos, e é uma destas cenas que terá deixado o herdeiro ao trono mais aborrecido. Na ficção, o Lord envia-lhe uma carta pouco antes de morrer, em que comunica ao sobrinho a sua deceção por continuar a manter uma relação com Camilla e não cumprir o dever de encontrar uma noiva à altura das suas obrigações.

Nesse capítulo, a personagem que veste o príncipe Carlos chama “traidor” ao tio e depois este acaba por morrer vítima de um atentado do IRA. Apesar destas cenas serem retratadas como factuais, não há provas da existência dessa carta nem de problemas entre tio e sobrinho.

O criador da série Peter Morgan reagiu às acusações e explicou num episódio do podcast “The Crown”, que embora tenha “inventado” a cena, acreditava que a interação ficcional alinha-se com as visões de Mountbatten.

O autor recorda que o Lord impulsionava Carlos a casar e a dar um herdeiro à família, por isso defende que “nunca saberemos como é que ele disse isto a Carlos, mas esta cena foi a forma que arranjei de lidar com o assunto”.

Também o príncipe William, filho mais velho do príncipe Carlos e da princesa Diana, se mostrou descontente depois de assistir aos episódios. Segundo o jornal The Times, o Duque de Cambridge revelou-se particularmente chateado com a trama, pois considera que os pais estão a ser explorados e representados de uma maneira simplista e falsa para fazer dinheiro.

O neto de Isabel II acredita que a forma como a família é retratada na série é “maliciosa” e “exagerada”.

Alguns críticos defendem que as cenas retratadas em grande parte da série são imaginadas pelo autor e mostram um lado mais negro da família real.

Anteriormente, quando estrearam outras temporadas, a Rainha e Duque de Edimburgo também não gostaram do que viram representado, sobretudo quando um episódio revelou que o marido da rainha manteve um romance com uma bailarina.

O descontentamento dentro da família real chega numa altura em que o príncipe Harry e Meghan Markle assinaram um contrato de 10 milhões de euros com a Netflix. O casal continua a manter-se afastado da vida na monarquia e mora agora nos EUA, juntamente com o filho Archie.

ZAP //

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