/

PSD não dá as mãos ao Chega nas legislativas (mas não descarta apoio pós-eleitoral)

2

Estela Silva / Lusa

Nuno Morais Sarmento com Rui Rio

Nuno Morais Sarmento garante que o PSD nunca partirá para as legislativas de mãos dadas com o Chega, mas não descarta um apoio pós-eleitoral a nível nacional. O vice-presidente do partido considera “mais grave” o PS governar com “um partido revolucionário que nega os princípios básicos da democracia”. 

Em entrevista à Renascença e ao Público, o vice-presidente do Partido Social Democrata (PSD), Nuno Morais Sarmento, não descarta apoio a nível nacional do Chega, apesar de garantir que o PSD nunca partirá para as eleições legislativas com uma plataforma que inclua o partido de André Ventura.

O social-democrata realçou que o Chega tem “posições xenófobas e racistas“, mas considera “mais grave” o PS governar com “um partido revolucionário que nega os princípios básicos da democracia”, numa referência ao Bloco de Esquerda.

“Ao contrário de António Costa, que ouvimos todos os dias virar-se para o BE e dizer: ‘É convosco que eu quero fazer caminho’, não nos ouve dizer isso ao Chega”, justificou.

Morais Sarmento disse que o PSD não abdica de nenhuma proposta e acusou o primeiro-ministro de ter sido “profundamente irresponsável” ao descartar a eventual ajuda do PSD no Orçamento do Estado para 2021.

“Nunca ouvi nenhum jornalista perguntar a António Costa se não é completamente irresponsável [dizer que não conta com PSD] num quadro em que temos uma crise pandémica, económica e social e em que não está completamente garantido o apoio do PCP e BE. Não venham agora perguntar ao PSD”, afirmou.

Na mesma entrevista, o vide-presidente do PSD sublinhou ainda que António Costa “tenta todos os dias impingir na televisão que fizemos um acordo com o Chega para a governação dos Açores”, algo que Morais Sarmento rejeita.

Fizemos um acordo com o CDS e o PPM e há dois partidos que são o Chega e o Iniciativa Liberal que apoiaram essa solução política – também era estranho que fossem apoiar uma solução de esquerda”, explicou.

Esta quarta-feira, em declarações à TVI, Nuno Morais Sarmento frisou que, na perspetiva da direção do PSD, “estes entendimentos foram em exclusivo pelo PSD regional“.

“Nós levamos a autonomia a sério. No entendimento do PSD nacional o que há é uma plataforma política com o PSD, CDS e o PPM” que serão os responsáveis por apresentar um programa de governo. “Essa é a plataforma que será responsável pela condução da política” governativa e por apresentar o programa de governo e, considerou, “era normal que o Chega e a Iniciativa Liberal viabilizassem um governo de direita”.

Questionado sobre se considera que o presidente do PSD, Rui Rio, deve explicações ao país, como defendeu o secretário-geral do PS, Morais Sarmento respondeu: “as explicações que o dr. Rui Rio teria que dar são aquelas que eu estou aqui a dar em nome do PSD”.

ZAP // Lusa

Siga o ZAP no Whatsapp

2 Comments

  1. Interessante verificar como o GHEGA é um enorme problema para o governo e uma ou duas ditaduras comunistas são uma solução. Afinal a ditadura de Salazar era uma pequena gota de água no oceano em relação às monstruosidades comunistas, pelo mundo fora e por cá estes são abençoados como santos.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.