O primeiro-ministro, António Costa, avisou hoje que “convém não criar falsas expectativas”, porque novembro vai ser “muito duro e muito exigente”, sendo maior a probabilidade de, daqui a 15 dias, acrescentar mais concelhos à lista com novas restrições.
Na conferência de imprensa para anunciar as novas medidas para combater a pandemia, decididas pelo Conselho de Ministros extraordinário que esteve hoje reunido oito horas, António Costa explicou que, em relação ao critério das medidas excecionais a adotar em concelhos com mais de 240 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias, “seria impossível comunicar diariamente os que entram e os que saem e por isso cada 15 dias o Conselho de Ministros revisitará esta lista”.
“Convém não criar falsas expectativas: o mês de novembro vai ser um mês muito duro, muito exigente e, portanto, a maior probabilidade é que daqui a 15 dias estejamos sobretudo a acrescentar concelhos e será bastante improvável que estejamos daqui a 15 dias a retirar muitos concelhos”, avisou.
Costa fez um apelo ao cumprimento por parte dos portugueses: “entrarão tantos menos e sairão tantos mais quanto mais cada um de nós for eficaz no seu próprio concelho a conter a transmissão desta pandemia”.
“Se todos cumprirmos as cinco regras, mais rapidamente o concelho onde residimos sairá desta lista e garantiremos que o concelho onde residimos não entre nesta lista”, apelou.
As cinco regras a que se referia o primeiro-ministro – e que fez questão de recordar durante a conferência de imprensa – contam-se pelos dedos da mão: distância entre as pessoas, uso de máscara, etiqueta respiratória, lavar as mãos e usar a aplicação Stayaway Covid.
Além destas cinco elregras pessoais de cidadania, o primeiro ministro apresentou cinco medidas restritivas a aplicar aos concelhos que se enquadrem num critério de “elevado risco” baseado nas orientações do Centro Europeu de Controlo de Doenças.
De acordo com essas medidas, 121 e um municípios vão ficar abrangidos, a partir de quarta-feira, pelo dever cívico de recolhimento domiciliário, novos horários nos estabelecimentos, desfasamento de horários de trabalho, limitação de eventos, e teletrabalho obrigatório, salvo “oposição fundamentada” pelo trabalhador.
Segundo o primeiro-ministro, os restaurantes nestes 121 concelhos do continente não poderão ter mesas com mais de seis pessoas e o seu horário de fecho passa a ser as 22:30. Os estabelecimentos comerciais terão de fechar, na generalidade, às 22:00.
Também nestes territórios, ficam proibidas as feiras e os mercados de levante, e os eventos e celebrações ficam limitados a cinco pessoas, exceto nos casos em que os participantes pertencem ao mesmo agregado familiar.
Regresso ao ensino à distância “seria grande falta de respeito”
O primeiro-ministro enalteceu o trabalho da comunidade educativa na abertura do ano letivo, defendendo que “seria, no mínimo, uma grande falta de respeito” que a sociedade não se empenhasse para evitar um novo confinamento devido à pandemia.
“Temos de garantir a liberdade das nossas crianças e dos nossos jovens não terem de novo o seu ano letivo perturbado e poderem manter a sua atividade escolar normal”, afirmou António Costa, após a reunião extraordinária do Conselho de Ministros.
Após anunciar o confinamento parcial e medidas restritivas em todos os concelhos com mais de 240 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias, o primeiro-ministro salientou que “há aqui duas linhas vermelhas muito claras”, referindo-se à educação e ao trabalho.
“Todos, seguramente, tínhamos muitas angústias sobre como iria correr a reabertura do ano letivo e a verdade é que tem corrido de forma impecável, com uma grande organização das escolas, um grande empenho de todos os professores, da comunidade educativa, dos alunos”, apontou António Costa.
Em modo de balanço, o governante indicou que são residuais, tendo em conta a população escolar, o número de casos de covid-19 detetados de alunos ou docentes ou não docentes infetados nas escolas.
“Portanto isso corresponde a um esforço muito grande que as comunidades educativas fizeram e seria, no mínimo, uma grande falta de respeito para o grande trabalho que foi feito na preparação deste ano letivo que o conjunto da sociedade não se empenhasse para garantir que o ano letivo decorre sem qualquer incidente”, declarou o primeiro-ministro.
No início da pandemia em Portugal, em março, as escolas foram obrigadas a encerrar e o ensino passou a ser assegurado à distância, inclusive através da telescola.
Grande Prémio de Portugal de Moto GP não terá público
O Grande Prémio de Portugal de Moto GP, entre 20 e 22 de novembro em Portimão, não terá público, anunciou hoje o primeiro-ministro, no final do conselho de ministros extraordinário.
“Já foi comunicado ao promotor que o Grande Prémio de motos não terá público, porque está revelada a incapacidade de organizar eventos com publico. Não podemos voltar a correr riscos, e, portanto, não está autorizado”, afirmou António Costa.
O chefe do Governo referia-se ao Grande Prémio de Fórmula 1, que se realizou no último fim de semana no mesmo circuito, e às imagens divulgadas de concentrações de pessoas nas bancadas sem distanciamento nem máscaras.
“O que passou no Grande Prémio de Portugal é absolutamente inaceitável e irrepetível”, disse António Costa, referindo que a prova automobilística decorreu ao contrário do que se observou em atividades de âmbito cultural, político e desportivo, em que “tudo foi bem organizado, as regras foram cumpridas e não houve problemas”.
ZAP // Lusa
Esperemos que o feitiço não se vire contra o feiticeiro.
É assim que este Sr. consegue controlar a população, incutindo medo e mau agoiro, como de se um profeta se ache, e desta forma consegue o que quer, porque as pessoas com medo estão sobre pressão, logo cometem erros, acabando por acontecer o que parece que este Sr. pretende ou seja prolongar esta pandemia. Jamais se incute medo e confusão numa população já de si enfraquecida, a menos que exista um propósito. Infelizmente parece que estamos a assistir a uma lavagem cerebral a nível mundial, caso contrário, ao invés de apregoarem o medo quase berrando aos quatro cantos do mundo, mantinham-se em silêncio, revelando só o estritamente necessário, sempre com uma palavra de esperança, mantendo desta forma a população calma e serena, quem sabe com uma população calma e serena, isenta dum medo irracional, e como tal fora de uma pressão tal, devido ao tal medo profético incutido, onde certamente muitos de nós não vamos cá estar para assistir, pois a hora da partida, é uma coisa que não sabemos quando nos espera, a população deixasse de cometer erros, perante o medo e o pânico em que se encontra, juntamente com uma desinformação tal, aliada há confusão que se instala na mente das pessoas, o que leva a uma visão sombria sobre o futuro, que contribui para a falta de segurança, gerando inquietação, desespero, depressão, etc. e se juntarmos a tudo isto a perda de rendimentos, onde começa a ser visível a fome, doenças que não podem ou deixaram de ser tratadas, temos o cocktail perfeito para infelizmente assistirmos ao que se verifica um pouco por todo o mundo, pessoas a abdicaram da vida, através do suicídio, e outras tragédias, quando se uma palavra de apreço e esperança, fosse substituída por este tipo de profecias do quase fim do mundo e da desgraça total. Quanto a nós Portugueses, este Sr. tanto está concentrado nos seus objetivos, que deve ter esquecido o artigo 27 da Constituição Portuguesa, que determina em situação alguma pode obrigar a um confinamento, ou a um recolher obrigatorio, salvo nos casos em que estão lá previstos, e que em nada têm a ver com o que se passa atualmente, para já não falar no artigo 26 da nossa mesma Constituição, que está a ser violado constantemente. Não estou a dizer com isto, que a situação que se vive não é grave, é claro que se devem tomar medidas, mas existem muitas maneiras de as tomar, e de as fazer chegar ao povo. A imposição não é certamente uma delas, nunca deu resultados, e nem vai ser agora que os vai dar, principalmente quando estão em causa os direitos e liberdade individual de um povo, quiçá se trocassem a imposição pela sensibilização, a colaboração, retirassem a desinformação, o medo, a confusão, a desconfiança, etc. os resultados eram certamente melhores, e ultrapassaria-mos melhor esta pandemia, porque onde reina o pessimismo, se ações fossem tomadas debaixo de um clima de otimismo, obteria-se com toda a certeza melhores resultados, é com menos sofrimento individual e coletivo.
Os artigos da Constituição que cita fazem parte do capítulo respeitante aos direitos, liberdades e garantias pessoais. Seria de ler o artigo 19.º
Mas foi precisamente essa a minha intenção ao invocar esses dois artigos.
Sim, porque para Costa, “respeito” é existirem mais de 500 escolas com infeções reportadas e ele continuar a assobiar para o lado, como se tudo estivesse bem. Afinal, para Costa, o respeito é devido a quem, ao covid ?
É difícil ser-se padre numa freguesia assim! Claro que a nossa constituição não foi redigida tendo em vista uma pandemia! E que, por isso, os nossos governantes estão , de certa forma, a adaptar-se às circunstâncias, tentando, o mais possível ser-lhe fiel. Mas como é que é viável combater a pandemia não pondo alguns direitos dos cidadãos em causa?! Que diferença me faz não me deslocar, durante três dias, de um concelho para outro se disso resultarem menos doentes, a necessitarem de cuidados de saúde, no SNS? Vamos ser racionais!
As bases da nossa Constituição surgiram no princípio do século XX , aquando se implementou a primeira República, e se bem se lembra cerca de 1 década depois o mundo passou por uma das pandemias mais devastadora da humanidade, a famosa gripe espanhola, depois disso a nossa Constituição já foi revista diversas vezes, uma das últimas não foi assim há tanto tempo. Se o mundo não se preparou foi por ignorância e falta de vontade, aliada a uma ganância cega que culminou em devastar o mundo de tal forma, que neste momento perante uma pandemia, vemo-nos a braços com uma crise ambiental, que poderá estar na origem da própria pandemia, assim como outras, e não querendo ser pessimista poderão surgir, porque apesar de todas as promessas, não tenha dúvida que quando está passar, tudo vai regressar ao período pré-pandemia. O Homem tem memória curta, aliás somos nós o maior vírus, se verificar só abandonamos um “hospedeiro” quando tivermos esgotado todos os recursos, não deixando sequer as entranhas e as carcaças para os “abutres”.
Sou professora e vou trabalhar, diariamente, sempre com muito medo. Distância entre alunos nas aulas= 2/3 centímetros; Alunos a cumprirem bem as regras= poucos; máscaras reutilizáveis e laváveis que os alunos usam sem grande cuidado= muitas; Alunos SEM máscara nos intervalos a saltarem uns em cima dos outros= Alguns (assustador); Auxiliares para assegurarem a supervisão do incumprimento = poucos (Há falta de funcionários); Colegas (Outros professores) descontraídos e indignados com quem se protege, por exemplo mantendo distanciamento físico dos alunos nas aulas= lamentavelmente, alguns. Enfim… Com dois meses de aula, o sentimento é de angústia, desespero, tristeza e falta de esperança. É de estranhar o desenvolvimento de algum problema de saúde mental? Não me admiro nada que… pois, e depois ainda há quem se indigne quando as pessoas vão parar a um consultório médico e saem de lá com baixa médica. Injusto perder-se dinheiro por causa do governo. Não se faz! Até quando se manterão as escolas abertas? Os sindicatos nada fazem. Não representam os professores no meio deste flagelo humano, de (DES) valores humanos.