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Novos implantes cardíacos podem salvar 10 mil vidas por ano

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Lucien Monfils / Wikimedia

Radiografia de um paciente com um pacemaker

O chamado envelope antibiótico envolve o implante cardíaco e previne infeções no paciente. Por ano, morrem cerca de 10 mil pessoas devido a infeções geradas pelo implante.

O pacemaker é um pequeno aparelho que é colocado debaixo da pele para controlar e promover os batimentos cardíacos. Existem muitos motivos para a implantação de um pacemaker, sendo que o envelhecer natural do sistema elétrico do coração é o principal motivo.

A implantação de um pacemaker é um procedimento simples e rápido, que envolve uma pequena cirurgia com anestésico local. No entanto, milhões de pessoas que recebem implantes cardíacos correm o risco de infeções potencialmente fatais.

Estudos mostraram que até 4% dos pacientes com implante, ou 60.000 pacientes a cada ano, desenvolvem uma infeção. Esta pode levar a internamentos hospitalares durante semanas e, em países sem serviço nacional de saúde como os EUA, custar dezenas de milhares de dólares. Além disso, até 17% dos pacientes, ou 10.000 por ano, que contraem estas infeções podem morrer.

Agora, uma equipa de investigadores está a tentar encontrar uma solução para esse problema, procurando reduzir o risco de infeção. Os cientistas criaram envelopes antibióticos, que se colocam à volta dos implantes e que evitam a infeção.

Neste momento há dois envelopes deste tipo, o TYRX e o CanGaroo, que já receberam aprovação da Food and Drug Administration (FDA).

“O uso do envelope antibiótico levou a uma redução adicional de 40% nas infeções durante o primeiro ano após a implantação. E não vimos nenhum aumento nas complicações com o uso do envelope, indicando que é seguro usar”, disse Khaldoun Tarakji, especialista em eletrofisiologia cardíaca em Cleveland, citado pelo OZY.

Uma paciente de 19 anos norte-americana relatou a um blogue médico de Stanford a sua experiência de implantar um pacemaker com recurso ao novo envelope antibiótico. Bea White realçou que a sua saúde mental “está completamente diferente da primeira que entrou no hospital” e que agora tem “mais confiança e felicidade”.

ZAP //

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